Alagoas é o único estado do país com saldo negativo de emprego no primeiro quadrimestre de 2024

CAGED registra saldo negativo com 13 mil trabalhadores a menos no mercado de trabalho formal

Junho, 2024 – Com 13 mil pessoas a menos em empregos formais, Alagoas fecha o primeiro quadrimestre de 2024 como o único estado do país com saldo negativo de empregos, ou seja, com mais pessoas demitidas do que contratadas. Desde janeiro, as empresas do estado contrataram 58.828 trabalhadores, mas demitiram 72.010, resultando em um saldo negativo de 13.182 trabalhadores desempregados a mais no período.

Os setores que mais contribuíram para essa realidade em Alagoas foram a indústria, que encerrou o período com quase 15 mil empregos a menos, e a agropecuária, com uma redução de cerca de 3 mil empregos nos primeiros quatro meses de 2024.

Saldos dos setores de atividade econômica em Alagoas

Dados são do primeiro quadrimestre de 2024

Dados são do primeiro quadrimestre de 2024

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgados na última quarta-feira (29) e analisados pela Agência Tatu. O Novo CAGED explora as estatísticas do emprego formal por meio de informações captadas dos sistemas eSocial, Caged e Empregador Web, de divulgação periódica mensal, com o envio das informações do próprio estabelecimento que emprega.

Apenas empregados sob o regime CLT são contabilizados pelo CAGED, excluindo profissionais como autônomos, estagiários, trabalhadores avulsos e servidores públicos (federal, estadual e municipal).

Saldos de empregos no Nordeste

Série de saldos do primeiro quadrimestre de estados do Nordeste

Primeiro quadrimestre de cada estado nordestino de 2020 a 2024

Divulgação

Vale ressaltar que, em 2024, Alagoas teve saldo positivo apenas no mês de janeiro, com 881 pessoas a mais admitidas em empregos formais do que demitidas. Nos três meses seguintes, fevereiro, março e abril, o saldo foi negativo, com 2.962, 9.494 e 1.607 pessoas, respectivamente.

Desde 2020, Alagoas enfrenta saldos negativos em todos os meses no primeiro quadrimestre do ano, com exceção de 2023, quando o estado apresentou saldo positivo em fevereiro e março. No entanto, mesmo com os dois meses de saldo positivo, os saldos negativos acumulados em janeiro e abril fizeram com que o balanço do quadrimestre de 2023 também fosse negativo, com 3.986 trabalhadores formais a menos no mercado.

Em abril deste ano, além de Alagoas, Pernambuco  também apresentou saldo negativo, com 1.103 pessoas a menos admitidas. No entanto, os três meses anteriores do quadrimestre, janeiro, fevereiro e março, foram de saldos positivos: 1.751, 2.663 e 1.377, respectivamente. Assim, o balanço do quadrimestre no estado foi positivo em 4.688 a mais de trabalhadores empregados no estado.

Saldos do primeiro quadrimestre de estados do Nordes

Dados são de janeiro a abril de 2024

Durante a divulgação dos dados do Caged, o ministro do trabalho, Luiz Marinho, mencionou alguns possíveis motivos para o resultado negativo do saldo de abril. “Das 27 Unidades da Federação, 25 tiveram saldo positivo e dois estados, Alagoas e Pernambuco, um saldo negativo e pequeno, dado a sazonalidade, especialmente a sua indústria de açúcar e cana. É final de Safra”.

Em nota, o Governo de Alagoas disse que os resultados foram influenciados pelo fim da safra sucroalcooleira e também o início da baixa temporada no turismo, além da chegada do período chuvoso, que reduz as contratações na construção civil.

Confira a nota na íntegra

“Alagoas registra tradicionalmente um período de sazonalidade na redução de empregos devido ao fim da safra sucroalcooleira e também o início da baixa temporada no turismo, dois setores fundamentais em nossa economia. A chegada da quadra chuvosa também afeta o ritmo das contratações na construção civil.

Vale explicar também os excelentes números de Alagoas na geração de empregos quando observado o ano completo. Em apenas um mês de 2023, chegamos a registrar 16.152 contratações.

Tanto que Alagoas registrou o 2º maior desempenho do Nordeste na criação de emprego em 2023, o mesmo CAGED apontou o crescimento de 5,93% no número de carteiras assinadas, o 5º maior do país.”

Fonte: Agencia Tatu


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