Futuro do varejo: perda de mercadoria é vista como o maior desafio para 84% dos varejistas da América Latina

O 16º Estudo Global do Consumidor, pesquisa realizada pela Zebra Technologies, ouviu 4200 pessoas relacionadas ao setor, como compradores, tomadores de decisão e colaboradores, para compreender as tendências do varejo para os próximos anos. • Varejistas (72%) se veem pressionados a melhorar a eficiência de devoluções. Consumidores (83%) dizem ter preferência por lojas que ofereçam processos de devoluções fáceis.

Dezembro de 2023 – A Zebra Technologies (NASDAQ: ZBRA), empresa líder mundial em soluções digitais, hardware e software inovadores, anunciou hoje os dados do seu 16º Estudo Global do Consumidor, o qual apontou que, na América Latina, 84% dos varejistas concordam que a prevenção de perdas de mercadoria é um grande desafio a ser encarado. Além disso, entre as tendências levantadas durante a realização do estudo, a adoção de meios digitais de pagamento por consumidores vem aumentando consideravelmente, assim como a sua expectativa para que os varejistas se digitalizem cada vez mais.

Segundo a Pesquisa de Prevenção de Perdas, feita pela Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (ABRAPPE), e realizada em junho deste ano em parceria com a KPMG, o índice vem aumentando no Brasil, principalmente no setor alimentar. Somente no setor de supermercados, o nível que perdas não identificadas (furtos, roubos, erros humanos) aumentou em 52,54% entre o começo da pandemia da Covid-19 e o fim de 2022. Já no setor farmacêutico, em 2022, as perdas em farmácias representaram 1,13% sobre o faturamento total.

estudo da Zebra ainda indica que 26% dos comerciantes acreditam que uma melhor análise de perdas pode ajudar a aumentar a lucratividade. Muitos deles esperam implementar análises de prevenção (49%), bem como o planejamento e previsão de demanda (56%) até 2026. Os resultados da pesquisa confirmam que os comerciantes estão sofrendo as consequências da omnicanalidade, vendas em diferentes canais, especialmente na gestão das devoluções online e na redução de desperdício, a qual pode ser causada por robôs, fraudes e outros fatores. Além disso, a capacidade de se antecipar à demanda tem se tornado outra preocupação significativa para 87% dos comércios.

A omnicanalidade traz novos desafios aos varejistas. O estudo também sinaliza que 82% das pessoas preferem uma combinação entre compras presenciais e online, enquanto 81% optam por comprar em lojas online que tenham também um local físico. À medida que as compras por meio da omnicanalidade crescem, o volume das devoluções também aumenta. Neste caso, sete em cada dez varejistas afirmam que a pressão para melhorar a eficiência e os gastos da gestão dos pedidos online e as devoluções estão aumentando, dado que 57% deles afirmam que atualizarão a tecnologia para gestão das devoluções até 2026.

Quem se beneficiará dessa mudança serão os funcionários que gerenciam as devoluções de pedidos online, com mais de três quartos (81%) citando retornos frequentes como seu principal desafio. Neste ano, a facilidade de fazer devoluções se tornou um dos principais motivos pelos quais os consumidores optam por comprar em lojas físicas, ultrapassando a preferência pela comparação de preços.

“Os comerciantes devem dar uma atenção especial quando se trata de gerenciar devoluções”, diz Vanderlei Ferreira, Presidente da Zebra Technologies Brasil. “Enquanto os consumidores exigem que o tratamento das devoluções sejam as mais rápidas possíveis, os vendedores se veem com desafios crescentes para gerenciar o aumento dos custos associados a logística reversa e a visibilidade do estoque para as trocas. Apesar dos investimentos, a solução depende ainda de melhoria de processos e tecnologias.”

O problema das devoluções afeta também outros setores, em especial a armazenagem. Os varejistas estão aproveitando o poder da tecnologia para ajudar a gerenciar as devoluções, com 63% dizendo que planejam implementar a tecnologia de logística reversa antes de 2026 para gerenciar, de forma mais eficaz, as pressões de cumprir as datas de entrega. Quase três em cada dez varejistas (28%) acreditam que cobrar uma taxa por pedidos on-line de clientes que fazem retornos frequentes poderia melhorar a lucratividade geral deles.

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