Construção do Terminal Intermodal Gentileza, no Rio de Janeiro, reaproveita estruturas de aço

Iniciativa representa economia de R$ 22 milhões para os cofres públicos; obra está prevista para ser entregue em dezembro

 

Com 87% da sua construção concluída, o Terminal Intermodal Gentileza (TIG), no Rio de Janeiro, se destaca por utilizar as características da arquitetura nômade, introduzidas pelo Rio na realização dos Jogos Olímpicos de 2016. O projeto da Prefeitura do Rio de Janeiro, que investiu R$250 milhões na obra, reaproveitou cerca de 50% das 1.400 toneladas de estruturas em aço da galeria técnica do Centro Internacional de Transmissão (IBC), no Parque Olímpico.

Luiz Eduardo da Silva, diretor de operações da Companhia Carioca de Parcerias (CCPAR) comenta que além do benefício ambiental, esta ação cumpre uma das determinações do legado olímpico, na qual é preconizada a reutilização das estruturas criadas nos jogos para benfeitorias na cidade sede. “Portanto, a construção de um terminal intermodal, de grande benefício público, garante ganhos sociais e a consolidação de um legado”.

O TIG vai integrar o BRT Transbrasil, 22 linhas de ônibus municipais, além das linhas 1 e 2 do VLT, cujo trilho foi estendido em 700 metros até a área do novo terminal. O projeto arquitetônico do Terminal Intermodal Gentileza foi elaborado tirando partido das dimensões das estruturas metálicas das galerias técnicas do IBC, de modo que toda a estrutura foi projetada já pensando no seu reaproveitamento.

Outro ponto de destaque é que a reutilização do sistema construtivo em aço segue requisitos rígidos, como a inspeção do material para garantir a qualidade e o desempenho, além da limpeza e tratamento das peças para conseguinte aplicação da pintura epóxica. Já o nome do novo terminal faz referência a José Datrino, que ficou conhecido pelas inscrições eternizadas nas colunas dos viadutos do Gasômetro e da Perimetral.

Para o Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), obras como esta são excelentes exemplos de sustentabilidade e mostram como o sistema construtivo em aço possibilita novas perspectivas no que diz respeito ao futuro da economia circular. O reaproveitamento das estruturas para a construção do TIG também reforça o aço como um material forte, durável, versátil e reciclável, além de todo o sistema construtivo como um método leve, flexível, adaptável e reutilizável. “Como as peças já chegam prontas até o canteiro de obras, e sofrem apenas pequenos ajustes na sua finalização, se constata ainda a preservação essencial de recursos naturais, o que gera um impacto significativamente menor ao meio ambiente”.

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