Habitação popular: Novo Minha Casa, Minha Vida vai contratar imóveis com melhores especificações

Conjuntos habitacionais e moradias terão varandas, biblioteca, rede para descanso e aumento na área mínima do imóvel

Brasília (DF) – As portarias publicadas pelo Ministério da Cidade na última semana que regulamentam as novas contratações do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) trazem uma série de melhorias nas especificações dos imóveis para garantir moradia de qualidade aos beneficiários.

Entre elas, foi estabelecido um aumento na área mínima das unidades habitacionais, resultando em 40 m² para casas e 41,50 m² para apartamentos, que contarão com varandas para oferecer um espaço adicional aos moradores. Os conjuntos habitacionais serão equipados com biblioteca e equipamentos para a prática esportiva. Além disso, nos dormitórios, para as regiões Norte e Nordeste, devem ser previstos ganchos de suporte para rede de descanso

Durante a entrega de casas do programa em Abaetetuba no último sábado, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou as melhorias. “Os apartamentos vão ter uma sacada”, disse. “Os conjuntos habitacionais vão ter uma biblioteca para que as pessoas aprendam a ler, e as casa terão uma metragem maior do que o primeiro projeto, 41m² no mínimo”. O presidente afirmou que o governo vai concluir as obras já contratadas e construir mais 2 milhões de moradias até 2026.

“As pessoas que moram de aluguel, na rua, ou em áreas de risco têm pressa”, lembrou o ministro Jader Filho no evento de entrega das moradias na cidade paraense. “Só no ano de 2023 nós vamos contratar 230 mil unidades habitacionais no País.”

As especificações incluem requisitos em relação à localização do terreno, disponibilidade de infraestrutura urbana básica, acesso a equipamentos públicos comunitários de educação, saúde e assistência social, acesso a comércio e serviços e transporte público coletivo. Os requisitos incluem distâncias caminháveis máximas a equipamentos públicos, tempo de acesso por transporte público coletivo e outras especificações de acesso.

Para incentivar o uso de meios de transporte não motorizados, está prevista a inclusão de bicicletários nos empreendimentos, encorajando a mobilidade sustentável.

Com o objetivo de garantir o conforto térmico nas residências, será disponibilizado um ponto de instalação de aparelho de ar-condicionado nos dois quartos. Tubulações de infraestrutura completa e circuitos já dimensionados serão instalados, proporcionando segurança caso as famílias desejem instalar os aparelhos no futuro.

Para promover ambientes agradáveis nos quartos, serão instaladas janelas venezianas. Elas permitirão o escurecimento do cômodo quando desejado, ao mesmo tempo em que garantem a ventilação natural e a entrada de luz natural.

A qualidade e durabilidade das edificações também foram priorizadas. Será obrigatória a elaboração de projeto de fachada, além do uso de tintas de melhor qualidade e maior durabilidade, com vida útil mínima projetada de 8 anos. A execução de uma adequada impermeabilização e preparo das superfícies também fará parte do processo de construção.

Para atender às demandas tecnológicas atuais e futuras, serão realizadas tubulações para rede de dados nas unidades habitacionais, preparando-as para possíveis instalações no futuro.

Os terrenos onde os empreendimentos serão propostos devem atender aos padrões de qualificação da inserção urbana. Terrenos mais bem qualificados podem receber um valor adicional em sua aquisição, incentivando a qualidade e adequação das localizações dos empreendimentos.

Portarias

As novas portarias estabelecem as diretrizes para a contratação de novos imóveis pelo MCMV, utilizando recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), destinados a famílias com renda de até R$ 2.640,00. Nesta etapa, está prevista a contratação de até 130 mil unidades habitacionais (UH) em áreas urbanas, cujos projetos devem ser apresentados pelas empresas da construção civil até 28 de dezembro de 2023.

As portarias oficializam a distribuição de 115 mil unidades, seguindo o critério do déficit habitacional para famílias com renda de até um salário-mínimo, calculado pela Fundação João Pinheiro em 2019. Nesse âmbito, é estabelecida uma quantidade mínima de 1.000 UHs por Unidade da Federação (UF), beneficiando famílias com renda de até R$ 2.640,00. As outras 15 mil moradias serão destinadas a atender residentes em áreas de risco e àqueles que tenham perdido seu único imóvel em decorrência de desastres naturais ou devido à realização de obras públicas federais. Para essas famílias, assim como para beneficiários do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), está prevista a isenção do pagamento das prestações do imóvel.

Os valores para aquisição dessas residências irão variar de R$ 130 mil a R$ 170 mil, dependendo do porte populacional do município e do padrão de inserção urbana do terreno. As famílias beneficiadas pagarão prestações mensais proporcionais à sua renda, sendo estabelecido um valor mínimo de R$ 80,00, ao longo de um período de 5 anos.

Fonte: Ministério das Cidades

 

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