Seconci-MG e TJMG promove debate sobre violência contra a mulher para funcionários da construção civil

Em alusão ao Dia da Mulher, o Serviço Social da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Seconci-MG), braço social do Sindicato Patronal da Construção Civil em Minas Gerais (Sinduscon-MG), leva o debate sobre a violência doméstica até o canteiro de obras. Entre os dias 6 e 10 de março, uma equipe multidisciplinar irá ministrar uma série de palestras, com duração de cerca de 40 minutos, para 450 colaboradores de empresas associadas em Belo Horizonte e Região Metropolitana.

A iniciativa faz parte do projeto “Construindo Igualdades”, desenvolvido em parceria com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por meio de sua Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comsiv). Somente em fevereiro, o Seconci-MG já promoveu cinco palestras para 453 trabalhadores do setor sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher em canteiros de obras de empresas associadas, ministradas por desembargadores, juízes, defensores públicos, entre outros profissionais.

O debate promove momentos de reflexão sobre a escalada da violência contra a mulher, as raízes sociais deste problema, suas diversas formas de manifestação e as possibilidades de enfrentamento. O tema, até então inédito na grade de palestras promovidas nos canteiros de obras, que foca principalmente em assuntos relacionados à saúde e segurança no trabalho, vem tendo ressonância junto aos colaboradores das áreas operacionais e gerenciais das empresas.

“Acreditamos que a construção de relações interpessoais mais saudáveis, alicerçadas na empatia, na tolerância, no diálogo, no respeito mútuo e no reconhecimento e acatamento das diferenças é fundamental para a mudança de comportamento”, observa a supervisora do Departamento de Serviço Social do Seconci-MG, Sylvia Helena Costa, setor responsável por intermediar contatos e providências para realização das palestras nas obras e sedes das empresas.

A conversa procura evidenciar comportamentos que contribuem para o aumento do preconceito, da discriminação, do assédio e de outras formas de abuso, que culminam no aumento de casos de violência doméstica e mortes, sobretudo os feminicídios. “Estas interações possibilitam o questionamento de certos estereótipos de gênero, assumidos como naturais, mostrando-se que, na verdade, são construções sociais e que podem ser desconstruídas, um passo importante para evitar a violência”, complementa a supervisora do Seconci-MG.

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