Alerta: Falta de matéria-prima é a maior em 19 anos no Brasil e impacta indústrias do país, afirma diretor da Anjos Tintas

Dezembro, 2020 – Na última quinta-feira (3), o IBGE divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,7% do 3º trimestre na comparação com os três meses anteriores. O setor de indústria cresceu 14,8% e o de indústria de transformação 23,7%. Apesar de a indústria acumular queda no acumulado do ano de 3,9%, o crescimento mostra que o setor vem se recuperando em relação ao segundo trimestre.

Mesmo com a recuperação, a indústria vem sentindo o impacto da escassez de matéria-prima em diversos segmentos, além da alta de preços. Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) indica que em outubro a falta de insumo atingiu os maiores patamares desde 2001 em 14 dos 19 segmentos da indústria.

Diante do cenário, muitas empresas tiveram que reduzir o ritmo da produção. Quem consegue produzir normalmente, enfrenta a falta de embalagens. Por consequência, a escassez e o câmbio desvalorizado têm impactado na alta de preços.

A Anjo Tintas, indústria de tintas no mercado há mais de 30 anos, tem sentido os reflexos da falta de insumos e embalagens. A empresa tem enfrentado a falta de embalagens metálicas, papelão e plásticos. Além disso, está pagando muito mais caro em resinas, embalagens, aditivos e pigmentos.

“O crescimento poderia ser muito maior. Poderíamos estar faturando cerca de 80% a mais de julho até dezembro caso não estivéssemos enfrentando a falta de embalagens e matéria-prima no mercado. Além da escassez para a produção de tintas, há também uma inflação generalizada nos insumos, o que deve levar para um cenário de alta de preços e incertezas para 2021”, explica Filipe Colombo, CEO da Anjo Tintas.

A Companhia Metalgraphica Paulista, pioneira ao produzir embalagens de aço no país e uma das empresas fornecedoras de latas de aço da Anjo Tintas, também tem sentido os impactos da falta de insumos e alta dos preços no mercado.

“Desde junho, a demanda acelerou muito e de forma muito rápida devido a vários fatores como aumento do poder de compra do brasileiro com o auxílio emergencial e o fato de as pessoas estarem mais tempo em casa e quererem fazer reformas ou investir no home office. Com a falta de insumos no mercado, os preços subiram muito. Tivemos que fazer malabarismos e estivemos aquém do nosso nível de atendimento. Acreditamos que no começo de 2021 teremos uma normalização da entrega de aço e um reequilíbrio dos preços”, explica José Villela, vice-presidente da Companhia Metalgraphica Paulista.

Para Edivaldo Mendes, diretor comercial da Embalagens Urussanga, empresa que fornece papelão para o transporte dos produtos da Anjo Tintas, a situação em relação ao reabastecimento do mercado de papelão só deverá se normalizar no meio do ano que vem. “A demanda aumentou muito e desde julho, estamos produzindo 50% a mais do que produzíamos devido a ampliação e aceleração da nossa produção e uso do estoque. Estamos com dificuldade para adquirir bobinas de papel, que estão em falta no mercado nacional. Sentimos cerca de 80% de aumento de preço em relação às matérias-primas”, complementa.

A Anjo Tintas, mesmo em um ano de crise econômica no país devido ao avanço da Covid-19, espera faturar neste ano R$ 600 milhões, valor acima do esperado devido à crise e que se deve também à retomada da economia e ao desejo do consumidor de investir mais em reformas em casa, por exemplo. No total, o crescimento chega a cerca de 10% no ano, com destaque para a linha de tintas automotivas (+21,5%), imobiliária (+16%) e tintas para embalagens (+15%).

A Anjo Tintas pode ser encontrada em todos os estados brasileiros em mais de 6.250 lojas de tintas, lojas de materiais de construção, entre outros. Além disso, existem 43 lojas conceito que vendem exclusivamente a Anjo e 70 espaços conceito, locais dentro de lojas em que a marca tem destaque.

Fonte: Anjos Tintas

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