Cidadania e bem estar: Cirurgia de Catarata devolve aos pacientes a capacidade de voltar ao mercado de trabalho

Junho de 2019– A precisão das agulhas e o olhar cuidadoso de Verginia Piva de Andrade dão vida e cor a paninhos de prato, toalhas de banho e mesa e fraldas de bebê. Aos 83 anos, a aposentada – moradora de Osasco, São Paulo – executa com primor a arte de bordar tecidos aprendida ainda criança. São flores, frutas, bichinhos e uma variedade de desenhos que servem de inspiração. Os bordados sempre chamaram atenção dos amigos e vizinhos; com o delicado ofício, conquistou uma clientela para vender o trabalho artesanal e ganhar uma renda extra que complementa o salário mínimo que recebe da aposentadoria.

Contudo, em 2017, a aposentada se viu desmotivada a exercer a atividade, que exigia plena visão. “Minha mãe sempre foi muito ativa e a dificuldade em enxergar impedia que continuasse a atividade. Por um tempo, mesmo sem ver direito, ela insistia e usava apenas as agulhas de crochê, que são maiores. O ponto saia errado e ela falava que estava envelhecendo dia a dia. Era muito triste vê-la naquela situação”, relata a filha Nilva Piva.

Verginia foi diagnosticada com catarata, doença responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo, sendo a população acima dos 50 anos a de maior incidência da catarata senil – um processo natural de envelhecimento do cristalino e que poder ser completamente reversível com a cirurgia. Segundo dados do World Report on Disability, a cadacinco segundos, uma pessoa se torna cega no mundo; até 2020, estima-se que o número de pessoas com deficiência visual poderá dobrar.

Com a venda dos bordados, a aposentada chega a ganhar em média R$ 600 por mês. O valor fez falta no orçamento e a família buscou pelo Sistema Único de Saúde (SUS) o tratamento, mas a demora na fila – a previsão era de um ano nessa lista de espera – obrigou a família a buscar atendimento particular para devolver o prazer de bordar de Verginia Piva. Após a cirurgia feita na Central da Catarata, a aposentada recuperou a visão; o ofício que complementa a renda; e a alegria de viver.

Impacto da saúde ocular na capacidade de gerar renda

O acesso ao atendimento médico oftalmológico é decisivo para alterar as condições de saúde ocular da população. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que se houvesse um número maior de ações efetivas de prevenção ou de tratamento, 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados.

A catarata também atrapalhou os planos financeiros de Antônio Dionísio do Nascimento, dono de uma pequena mercearia em Ilha Comprida, litoral de São Paulo. Sem conseguir enxergar direito contratou uma pessoa para ficar em seu lugar, gerando um gasto não previsto no negócio. Após aguardar um ano na fila de espera do SUS, devido a diabetes alterada, foi informado na última avaliação médica antes da cirurgia de catarata que teria que voltar para o final da fila e recomeçar os procedimentos e exames para poder realizar a cirurgia.

A solução foi buscar atendimento particular. Em uma semana, por meio da Central da Catarata, o comerciante fez a correção da opacidade do cristalino. “Meu pai não enxergava nada, precisava andar com apoio de algum parente e não conseguia nem dirigir, coisa que sempre amou fazer. Quando ele fez a cirurgia, tudo se renovou, não só a visão, mas ele curou a depressão e se tornou ativo, pois voltou a trabalhar. Meu pai é um novo homem”, revela a filha, Andréa do Nascimento.

“O trabalho é a principal fonte de sustento das famílias e só de pensar em ficar afastado por problema de saúde já tira o sono de muita gente. A catarata é completamente reversível e os familiares são um fator importante para ajudar o paciente a buscar auxílio. Contudo, a visão é algo que só a própria pessoa detecta. Ninguém consegue perceber o quão ruim está a visão do outro indivíduo. Por isso é importante sempre procurar incluir o oftalmologista na rotina médica”, esclarece Guilherme de Almeida Prado, fundador da Central da Catarata, negócio de impacto social que dá acesso a cirurgia à população de baixa renda.

Com Valder Bastos dos Santos, que encarna a drag queenTchaka, a situação não foi diferente. O ator – que reside em São Paulo – conta como a catarata atrapalhava sua vida profissional nos palcos. “Trabalho muito com o corpo, voz e visão. Antes de fazer a cirurgia eu precisava da ajuda das produtoras para me posicionar no palco, além disso nas apresentações, cerimônias e coletivas de imprensa que precisava ler algo tinha inúmeras dificuldades”, diz.

Para solucionar o problema, oficializou a união com o companheiro – com quem vivia há 18 anos – para aderir ao plano de saúde do marido. Contudo, a demora para realizar a cirurgia mesmo pelo plano de saúde fez com que buscasse alternativa mais rápida; pela internet, encontraram a Central da Catarata.

“Quando tirei o tampão do olho, após a cirurgia, meu marido me levou para a janela para ver o máximo de cor possível. Ali eu chorei muito em poder voltar a ver cada detalhe que a gente passa, as vezes, despercebido: um pôr do sol, uns cílios, uma borboleta, uma calça justa, um boy passando. É sensacional poder enxergar as cores dessa vida linda que a gente tem. A Central da Catarata foi um marco que me auxiliou positivamente para que que pudesse realizar a cirurgia com conforto, segurança e rapidez”, comemora.

Em 2019, a expectativa é chegar à marca de mil procedimentos www.centraldacatarata.com.br

Fonte: Imprensa/Central da Catarata

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