Por Severian Rocha
Com apagões constantes no país, setor começa a rever suas estratégias de segurança para evitar blecaute total.
Rio, 2018 – Entre os dias 4 a 6 de abril (deste), aconteceu um dos mais importantes encontros de Telecomunicações da América Latina focado nas áreas de Energia, Saneamento, Gás e Missões críticas, o UTCAL (Utilities Telecom & Technology Council América Latina) 2018. O evento contou com a participação de agentes públicos, empresas privadas e públicas, executivos, especialistas e técnicos.
Na ocasião do fórum foi apresentado soluções de TI contra ataques cibernéticos e falhas técnicas direcionadas aos principais setores produtivos nacionais. O destaque especial do evento ficou por conta da área de energia, que veem sofrendo com apagões constantes, – como do último dia 21/03 -, que ocorreu no Norte e Nordeste, prejudicando mais de 70 milhões de pessoas.
Com painéis, debates e mostras de produtos de alta eficiência tecnológica, os participantes do UTCAL puderam dimensionar da importância de se ter um bom sistema de segurança para o setor energético brasileiro ou melhor setores de infraestrutura em geral.
Para Dymitr Waisman, presidente da UTCAL, países como EUA, China, Alemanha e Rússia já possuem normas de seguranças para proteção de defesa aos seus sistemas elétricos.
“No Brasil, o setor elétrico, não tem sido visto, com real necessidade criar sistemas de TI´s focado em proteger o setor de energia nacional e, isso é preocupante. Nossos programas de Pesquisas e Desenvolvimento, os chamados P&Ds que teriam a missão de criar e inovar nesta área, ainda são tímidos diante da importância do setor elétrico. Então, se faz necessário urgentemente avançar neste tema”, explicou Waisman.
Provocar a Agencia Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é o caminho. Pois, a instituição é hoje, a única instituição nacional que dá aval para projetos de inovação e pesquisa na área de energia. O assunto é tão sério que o executivo da Cisco Brasil, Ricardo Mucci, durante painel afirmou:
– Hoje os crimes de ataques cibernéticos na rede mundial de internet já são mais rentáveis que os outros crimes como: o narcotráfico -, disse o diretor.