Empresas focam em exclusividade e potencializam resultados

“Escritórios boutiques” vêm ganhando cada vez mais espaço no país.

CURITIBA, 08/12/2016 – Uma forte tendência que está ganhando espaço no Brasil são os chamados “escritórios boutiques”. O conceito é baseado em empresas que optam em atender um número menor de clientes para oferecer um serviço personalizado e com mais qualidade. Segundo o professor de empreendedorismo do Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE), Erlon Labatut, esse modelo de negócio é algo positivo, desde que sejam tomados alguns cuidados no seu planejamento e gestão. “Como em todo empreendimento, existe um caminho a ser percorrido para que a ideia se transforme em um negócio lucrativo e sustentável no longo prazo”, comenta o especialista.

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Um exemplo desse novo modelo é a consultoria curitibana saad branding+design, que por meio de uma estrutura enxuta, trabalha somente com clientes nos quais verdadeiramente acredita. Segundo Lucas Saad, diretor da empresa, este formato permite trazer uma visão “outsider”, considerando todos os detalhes de um negócio a fim de entregar resultados assertivos e sob medida. “Para nós, essa é a forma correta e mais efetiva de se trabalhar para preparar marcas para o presente e o futuro”, explica Saad.

Para o professor Erlon Labatut, os principais benefícios estão ligados ao atendimento personalizado, que é uma demanda cada vez maior do consumidor e a um custo fixo menor resultante da estrutura enxuta. “Este tipo de negócio que tem um foco bem definido normalmente consegue concentrar sua energia em qualidade e não em quantidade, resultando assim em entregas (produtos/serviços) que realmente atendem às necessidades dos clientes gerando grande satisfação, mesmo com uma equipe pequena”, detalha.

Outras vantagens dessa exclusividade começam pela proximidade e cuidado em todas as fases do projeto, além da escolha de uma equipe adequada que irá atingir os resultados desejados, com profissionais altamente qualificados em suas áreas. Labatut afirma que negócios que envolvem habilidades e sensibilidades humanas são mais difíceis de serem automatizados — isto é, transformados em linha de produção — porque, de outra forma, deixariam de ser interessantes para empresas que querem crescer no mercado.

A confiança é outro ponto positivo do negócio. “Já que existe tempo hábil para nos dedicarmos a cada projeto, as empresas sentem-se mais seguras com as mudanças que devem ser trabalhadas. Temos vários exemplos de como esse modelo de negócio é benéfico: a Oigo, uma empresa de comunicação e áudio de Santa Catarina, triplicou seu seu faturamento em 3 anos após o projeto de branding desenvolvido pela nossa consultoria e hoje destaca-se em seu mercado de atuação, mesmo entre os grandes players. Já a Nastek é líder nacional em automação e comunicação, com 90% de market share em empresas de energia, e um de seus produtos, o Yon Bike Lamp, foi reconhecido em importantes sites como Yahoo! Finance, Business Wire, Fox News, CBS e Business Report, além de ter iniciado sua expansão internacional nos Estado Unidos”, completa Saad.

Para finalizar, o professor do ISAE conclui que é crescente a demanda por serviços mais especializados e com atendimento realmente diferenciado. “Existe um desafio que é o cenário de crise em que vivemos atualmente. Se a economia melhorar as expectativas são muito boas, especialmente para um negócio enxuto, com menos gastos fixos”, finaliza.

 

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