CBIC apresenta cartilha “10 Motivos Para Evoluir Para o BIM”

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e o Senai Nacional apresentaram, na sexta-feira, 15, durante a Feicon Batimat, a cartilha “10 Motivos Para Evoluir Para o BIM”. O Building Information Modeling (BIM) é uma ferramenta tecnológica mundial bastante usada na indústria automobilística e naval e, agora, também aplicável ao setor de construção. A solução utiliza métodos de monitoramento e mensuração mais eficazes, que resultam em redução de gastos, maior controle sobre o progresso da construção e diminuição do tempo de entrega da obra.

CBIC
Objetivo do material é disseminar o conceito do “Building Information Modeling” entre os associados da entidade para aplicação em projetos – Crédito: Paulo Liebert

“A divulgação desta cartilha demonstra nossa preocupação em disseminar a importância do BIM, que ainda carece de fonte de pesquisa em língua portuguesa. Com este lançamento, estamos ajudando a preencher essa lacuna”, afirma o presidente da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (COMAT) da CBIC, Dionyzio Klavdianos. O material é o primeiro dos cinco fascículos que a CBIC está preparando sobre o tema e que serão oficialmente lançado durante o 88º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), que acontecerá entre 11 e 13 de maio, em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Com conteúdo focado nos benefícios imediatos da ferramenta, a cartilha destaca as vantagens de poder visualizar diferentes níveis de uma construção, em qualquer etapa. “Seja o posicionamento das gruas ou extração automática de quantidades, o BIM possibilita soluções que tecnologias anteriores não podiam oferecer. A migração para isto será uma realidade no Brasil”, explica o consultor BIM da CBIC, Wilton Catelani.

Bastante utilizado em nível global, os processos do BIM são aplicáveis a todo o ciclo de vida de um empreendimento. Pode ser empregado desde a concepção e conceituação de uma edificação ou instalação, desenvolvimento do projeto e construção, ou ainda após a obra pronta, entregue e ocupada para utilização, até a gestão do empreendimento e também o gerenciamento da manutenção.

“Antes do BIM, os orçamentos estouravam em média 10%. Com a ferramenta, isso se inverteu e tem havido um decréscimo de percentual. Isso porque ele permite planejar com precisão, alocar recursos, evitar desperdícios e retrabalho, e o cliente consegue enxergar aquilo que você entrega”, enumera Paulo Sanchez, membro da COMAT e líder do projeto de disseminação do BIM.

O projeto busca elaborar estudos, orientar empresas e promover capacitações profissionais para que esse conceito seja disseminado e incluído nos projetos nacionais. No Chile, a presidente da República anunciou que o país usará oficialmente o BIM. Na Inglaterra, nos EUA e em Cingapura, o uso do BIM já é exigido em processos licitatórios.

Boletim CBIC

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