Reveillon Rio 2018 leva apenas 500 mil pessoas para praia de Copacabana. Gestão pífia da prefeitura e crise financeira ajudaram o Rio a ter seu pior reveillon.

Por Severian Rocha

Fala do prefeito Marcelo Crivela para a imprensa: “vou orar pelas pessoas que estão sem emprego e sem atendimento nos hospitais da prefeitura”. Foi eleito pra fazer orações?

Rio, 2018 – Infelizmente o já tradicional Reveillon do Rio não foi uns dos melhores. Com a crise que se instalou no estado e com uma fraca administração na prefeitura da cidade maravilhosa(coisa do passado),  umas das maiores e mais bonitas festas de final de ano do mundo não teve um clima de alegria e satisfação esperado.  Resultado do evento, o povo não aderiu. Os bilhetes do metrô não foram todos vendidos, os poucos ônibus estavam estacionados na praia de Botafogo e a segurança não existia no trajeto para a praia e arredores.

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Reveillon da crise – Fogos de Copacabana 2018. Foto:JCC

Apesar do esforço da mídia em divulgar que a Praia de Copacabana estava com 2, 3, 10 milhões de pessoas não era o que se via ao vivo na Avenida Atlântica e arredores do Posto 2 – Leme e Posto 5 de Copacabana. Turistas brasileiros e cariocas passeavam tranquilamente no entorno do palco Mundo, único palco montado pela RioTur para tentar animar as pessoas que estavam acampadas na areia próximo aos shows, na sua maioria vindas em caravanas de Minas. Outro diagnóstico visível da crise na cidade era os restaurantes da orla vazios, muitas mesas sem clientes. Somente se via as decorações dos bares e nada mais.

Na Praia do Flamengo, tradicionalmente ambientado por famílias da região do Centro, Glória,  Flamengo, Laranjeiras, Cosme Velho e adjacências, também não teve muita adesão. Nos tempos vindouros, as passarelas de acesso ao Parque e Praia do Flamengo ficavam abarrotadas de pessoas seguindo em direção ao evento. Dessa vez as passarelas estavam vazias e perigosas para pessoas desavisadas. O risco de assalto era grande. Um detalhe curioso é que na altura da Praça Paris – Glória, tinha muitos ônibus de diversas cidades do interior de Minas e São Paulo que fizeram aquele chamado bate volta, ou seja, chegam na hora da festa e vão embora no dia seguinte.

Os hotéis, talvez estes são uns poucos que tiveram uma demanda atendida quase 100%. Na região da Zona Sul e Centro (Lapa e Santos Dumont), os hotéis estavam com capacidade total de atendimento. Sites especializados de viagens(tripadvisor, booking, andarilho e etc), ajudaram a encher os hotéis do Rio.

A segurança pública, não existiu. Os turistas, que passeavam pelas ruas do Centro e Santa Teresa contavam com a sorte para não serem assaltados. 

O saldo da festa, a RioTur precisa mudar. A gestão ainda é dos tempos das cavernas. O Turismo se é uma indústria do entretenimento gerador de transformação econômica e social, não pode viver de lampejos e acertos de pequenos grupos. O prefeito Bispo Crivella, tem que dizer com trabalho eficiente realmente o que ele pretende executar? O Rio é uma cidade mundial e não uma cidade qualquer.

Axé !

Feliz 2018

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