Primeira cadeirante negra a se apresentar no Teatro Municipal faz oficina no CCBB São Paulo

Dezembro, 2019 – No sábado, 07/12, entre 17 e 19h, o público do “Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência” – terá a oportunidade de acompanhar a última oficina do evento. A enfermeira, atriz, dançarina e ativista das causas raciais e das pessoas com deficiência Mona Rikumbi faz uma performance /oficina gratuita no hall do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo com o tema “Sant’Água”.
Diagnosticada com neuromielite óptica aos 30 anos e, na cadeira de rodas desde 2007, Mona afirma que doença não foi o bastante para interromper seu amor pela vida e pela arte. “Deficiência foi só mais um detalhe na minha vida. Eu nasci mulher, sou negra e mãe solteira. Uma série de coisas que nunca fizeram minha vida muito fácil.”, conta a bailarina. Dessa forma, além de atriz, enfermeira e dançarina, em 2017, Mona foi considerada a primeira cadeirante negra a se apresentar no palco do Theatro Municipal de São Paulo, junto com sua colega Leonice Jorge.
Os participantes da performance/oficina “Sant’Água” serão convidados por Mona a experimentar a vivência com o toque dos tambores em uma grande roda. Utilizando os valores da tradição Afro-bantu a água é reconhecida enquanto divindade traduzindo em si prosperidade e fecundidade , um convite irrecusável para a grande roda da transformação ao toque dos tambores. Mona Rikumbi também figura nas telas do CCBB com o documentário que retrata sua vida, “Mona – Trajetória de uma mulher negra cadeirante no Brasil”, com direção Lucca Messer. No filme, ela relata as dificuldades de ser mãe solteira e a constante preocupação de criar um filho negro no Brasil. Atualmente, Mona vive com o filho de 24 anos no bairro Americanópolis, na periferia de São Paulo.
A performance / oficina  “Sant’Água”, da Mona Rikumbi faz parte da programação da nona edição do Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência “Assim Vivemos”, que exibe 38 filmes de 20 países participantes, com debates e oficinas até segunda-feira, 09/12, também no CCBB SP. Todas as sessões e atividades são gratuitas. E a programação completa do festival pode ser conferida em www.assimvivemos.com.br
É o primeiro festival de cinema no Brasil a oferecer acessibilidade para pessoas com deficiência visual (audiodescrição em todas as sessões e catálogos em Braille) e para pessoas com deficiência auditiva (legendas inclusivas nos filmes e interpretação em LIBRAS nos debates). As sedes dos CCBBs são acessíveis para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Antes de São Paulo, o evento passou pelo Rio de Janeiro (23 de outubro e 4 de novembro) e Brasília (12 e 24 de novembro).
Depois de assistirem 38 filmes em 12 dias na programação carioca (23 de outubro a 4 de novembro), os jurados da 9ª edição do Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência anunciam as produções premiadas com o troféu criado pela artista cega Virginia Vendramini. Já a obra escolhida pelo voto popular será conhecida ao fim da edição paulista do evento, após a soma dos votantes das três cidades nas quais o festival é realizado: Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. As produções premiadas foram: o longa suíço “A Jornada”, de Fanny Bräuning, o longa americano “Vidas Inteligentes”, de Dan Habib; o média-metragem israelense  “Rei Shimon”, de Ariel Mayrose; o média-metragem espanhol “Peixes de Água Doce (em Água Salgada)”, de Marc Serena & Biel Mauri e média-metragem indiano “Lágrimas Vermelhas”, de Tharindu Ramanayaka, escolhidas nas categorias ‘Relacionamento’, ‘Transformação’, ‘Experiência’, ‘Representatividade’ e ‘Retrato’, respectivamente. Dois longas-metragens receberam menção especial do júri, o  brasileiro “Meu nome é Daniel”, de Daniel Gonçalves, e o alemão “Menina de areia”, de Mark Michel. O júri técnico foi formado por pessoas com deficiência, artistas e profissionais ligados ao tema: Felipe Monteiro, Regina Cohen e Cristina Gomes.
OS FILMES PARTICIPANTES
(Com exceção do curta-metragem O Retorno de Sooi Dingemans [14 anos], todos os filmes têm classificação livre)
Alemanha
Menina de areia – Sandgirl (Alemanha, 2017, 1h 24min) Dir. Mark Michel. LIVRE

Uma jovem escritora que não anda nem fala nos convida a conhecer seu universo único. Um ensaio documental sobre liberdade e percepção.
Bélgica
O Retorno de Sooi Dingemans – The Return of Sooi Dingemans (Bélgica, 2018, 21 min.) Dir. Marc Bryssinck. 14 ANOS

O retrato de Sooi, um homem com síndrome de Down se mescla com uma recriação de cenas da Odisseia, de Homero. No curta-metragem, há identidades trocadas, disfarces, desorientação. Sooi é retratado como alguém que está nos primeiros estágios da demência. Ele esquece as coisas, vagueia pela casa dos idosos, comete erros de identidade e fica enredado em delírios.
Bielorrúsia
Quem é o Último? – Who is the Last One? (Bielorrússia, 2018, 60 min.) Dir. Siarhei Isakov. LIVRE

O filme retrata um projeto teatral no qual crianças com e sem autismo atuam juntas no palco, mostrando como os professores trabalham e como conseguem unir crianças com diferentes necessidades emocionais, físicas e mentais. No filme, conhecemos quatro personagens, Kostya, Misha, Vlada e Maxim. Na tela, vemos crianças estudando e ensaiando com dedicação no teatro.
Bósnia e Herzegovina
Ver a Verdade nos Olhos – To Watch the Truth in the Eyes (Bósnia e Herzegovina, 2018, 30 min.) Dir. Vesna Marich. LIVRE

As famílias Hajrich e Sunjich vivem situações bem diferentes. A família Sunjich tem recursos para proporcionar uma vida plena para sua filha Edna, que é uma adolescente feliz e realizada. Já os Hajrich estão às voltas com a falta de acessibilidade para pessoas com deficiência no prédio onde moram, o que transforma até o direito de ir e vir da sua filha Senka em uma luta diária.
Brasil
Meu nome é Daniel – My name is Daniel (Brasil, 2018, 1h 23min.) Dir. Daniel Gonçalves. LIVRE

Daniel Gonçalves nasceu com uma deficiência que nenhum médico conseguiu diagnosticar. Neste documentário pessoal, o jovem cineasta narra a trajetória da sua vida para tentar entender sua condição. Por meio de imagens de arquivo da família e imagens gravadas recentemente, acompanhamos sua história e suas reflexões.
Mona – Mona (Brasil, 2018, 6 min.) Dir. Lucca Messer. LIVRE
Em 2017, Mona se torna a primeira mulher negra cadeirante a se apresentar no Theatro Municipal de São Paulo, Brasil. Quebrando barreiras no mundo da dança, Mona também representa a superação de preconceitos cotidianos contra pessoas negras na maior cidade da América do Sul. Como bailarina e atriz, ela é hoje um símbolo nacional de resistência.
Pagar 4 nunca mais – Pay 4 Nevermore (Brasil, 2018, 15 min.) Dir. Leide Jacob. LIVRE
Documentário sobre a discriminação sofrida pela poeta Leide Moreira, quando foi obrigada a pagar quatro ingressos por ir a shows musicais em uma maca.
WCMX-Faca na Cadeira – WCMX-Brazilian Team (Brasil, 2019, 10 min.) Dir. Loopcius. LIVRE
O curta-metragem aborda o esporte adaptado para cadeira de rodas WCMX. Através dos olhos de três usuários de cadeira de rodas que fazem parte do Instituto Faca na Cadeira, o filme mostra como o esporte contribui positivamente para a vida de seus integrantes. Dentro e fora do Instituto, descreve os obstáculos diários a serem superados na vida sobre rodas.
Posso – I can (Brasil, 2019, 59 min.) Dir. Adama Ouedraogo. LIVRE
Um homem surdo prova no dia a dia que é possível fazer tudo o que ele sonhou. O filme retrata a história de Waldenildo Alves, que, enfrentando adversidades, diz, entusiasmado: eu posso!
Canadá
Além do Espectro: Um ano de uma família confrontando o autismo – Beyond the Spectrum: A Family’s Year Confronting Autism (Canadá, 2016, 1h 26min.) Dir. Steven Suderman. LIVRE

Quando o filho de dois anos, Oskar, é diagnosticado com autismo, essa atarefada família de sete pessoas decide parar tudo por um ano para se concentrar nas terapias do menino. Enquanto se esforçam para se conectar com ele, confrontam-se com uma questão crítica: aceitar Oskar significa aceitar seu autismo?
Eslováquia
No Mundo – Into the World (Eslováquia, 2017, 20 min.) Dir. Alzbeta Hrusovska. LIVRE

Esse documentário segue Majko e Gabika, que estão participando do projeto “Autistas Trabalhando”. Embora conseguir um emprego não seja fácil para ninguém, Majko e Gabika seguem lutando contra as vicissitudes do destino. No seu caso, o autismo se torna uma ferramenta de trabalho.
Espanha
Peixes de Água Doce (em Água Salgada) – Freshwater Fish (in Salt Water) (Espanha, 2018, 56 min.) Dir. Marc Serena & Biel Mauri. LIVRE

O autismo nos desperta muitas questões que a ciência não é capaz de responder. Nesse documentário, nós vamos conhecer as histórias de Mariona (23 anos) e Marc (10 anos) bem como vamos ouvir os maiores especialistas da Espanha. O objetivo é apresentar um retrato atualizado das pessoas com autismo e sua diversidade em função do espectro e da idade.
Estados Unidos
Vidas Inteligentes – Intelligent Lives (USA, 2018, 1h 12min.) Dir. Dan Habib. LIVRE

Três jovens com deficiência intelectual pioneiros – Micah, Naieer e Naomie – desafiam as percepções de inteligência quando vão do ensino médio para o ensino superior e para o mercado de trabalho. O ator premiado com um Oscar Chris Cooper narra o documentário, contextualiza as vidas desses personagens e compartilha sua perspectiva pessoal, revelando o sórdido histórico dos testes de inteligência nos EUA.
Seguindo em Frente – Walk on (USA, 2018, 10 min.) Dir. Ethan Downing and Vincent DeLuca. LIVRE
Quando Kendra nasceu com deficiência física severa, nenhum dos médicos do hospital tinha experiência com artrogripose. Eles deram certeza de que Kendra não andaria; isso se sobrevivesse. A mãe de Kendra criou um plano próprio de terapias incorporando todas as inovações em fisioterapia. Ninguém esperava que a menina teria tantas conquistas em tão pouco tempo, nem poderia imaginar que os cavalos teriam um papel tão importante no processo.
Charles Curtis Blackwell – Charles Curtis Blackwell (USA, 2017, 10 min.) Dir. Jeff M. Giordano. LIVRE
Um retrato do poeta/artista afro-americano da região de São Francisco Charles Curtis Blackwell.
Índia
Lágrimas Vermelhas – Red Tears (India, 2019, 20 min). Dir. Tharindu Ramanayaka. LIVRE

Subhash Dey é o único diretor-ator de teatro cego na Índia que também é cofundador do grupo Anyadesh Theatre, o único grupo de teatro na Índia para pessoas com deficiência visual. Ele não é apenas ator, mas também diretor, cantor e estudioso. Neste filme, através de sua narração e histórias de sua vida, vemos como ele usa o teatro para superar os contratempos de sua deficiência e conhecer sua visão, filosofia e processo.
Sonhos Vivos – Living Dreams (India, 2019, 30 min.) Dir. Ritwik Baiju Chandran. LIVRE
Jeevan, engenheiro de software de profissão, sofre de Osteogênese Imperfeita. O documentário narra a vida de Jeevan, que reside em Bengaluru, na Índia, e sua história de vida narrada por ele mesmo e por seus pais. O filme retrata uma família que lutou contra todas as dificuldades para criar um filho com essa condição para ser uma pessoa jovial e forte.
Irã
Dra. Manavi – Azar (Irã, 2019, 9 min.) Dir. Diba Ehteshami. LIVRE

O curta documentário acompanha um dia na atarefada e surpreendente vida da médica Azar Manavi, que tem deficiência física.
Israel
Rei Shimon – King Shimon (Israel, 2018, 59 min.) Dir. Ariel Mayrose. LIVRE

“Rei Shimon”, um jovem com síndrome de Down que vive na periferia de Israel e que tem grande conhecimento sobre a música Mizrahi (um estilo musical específico dos judeus de ascendência oriental). Shimon quer ser um DJ. Ele tem a oportunidade de realizar este sonho quando é aceito em uma escola de radialismo. O filme segue a batalha pessoal e social de Shimon na sua tentativa de comandar um programa na radio da escola.
Itália
Zulu Rema aprendeu a voar – Zulu Rema has learned to fly (Itália, 2019, 15 min). Dir. Gaia Vianello. LIVRE

O filme conta a história de Emmer – AKA B-boy Zulu Rema – um adolescente da Tunísia, que teve as duas pernas amputadas quando criança, e da sua paixão pela arte e pela dança, que permitiu a ele tornar-se campeão tunisiano de break dance um exemplo para os jovens de todo o mundo.
O Homem das Árvores – The Man of the Trees (Itália, 2018, 19 min.) Dir. Andrea Trivero. LIVRE
Daniel Balima é um horticultor de Tenkodogo, uma pequena cidade de Burkina Faso, na África Subsaariana, onde mora com sua grande família e trabalha desde que nasceu, há 67 anos. Daniel teve pólio na infância e, embora cresça sem poder usar as pernas, consegue acompanhar seu pai no viveiro de plantas da família, caminhando com suas mãos. Em mais de cinquenta anos de atividade, ele deu vida a mais de um milhão de árvores em seu país – e pretende plantar mais um milhão.
Folclore para Todos – Dreaming Folk (Itália, 2018, 20 min.) Dir. Alessandro Stevanon. LIVRE
Com o tempo, Luca parou de se definir através de suas falhas e começou a se identificar com seu talento: foi assim que ele aprendeu a administrar sua deficiência; e assim realiza seu sonho de música e dança, de roupas populares, de canções de sua terra: seu sonho de criança. Luca libertou-se dos preconceitos e transformou seus limites em fronteiras a serem cruzadas.
Fecha os Olhos e Voa – Close Your Eyes and Fly (Itália, 2019, 39 min.) Dir. Julia Pietrangeli. LIVRE
“Todo mundo sabia que era impossível”. O que? Que pessoas cegas poderiam pilotar aviões. Sabrina, cega de nascença, com muita perseverança aprendeu a pilotar. Ela nos leva para a França, onde participa de um workshop organizado pela Les Mirauds Volants, a Associação Europeia de pilotos com deficiência visual. Esta história vai além de superação da deficiência, é sobre a força daqueles que vivem de acordo com seus próprios sonhos: nas nuvens não existem barreiras.
Uma Abordagem Diferente – Laid-Back Approach (Itália, 2018, 15 min.) Dir. Gino Ceriachi. LIVRE
Nicole é uma menina “portadora do gene da empatia”, cujo principal meio de comunicação é através do olhar. O filme retrata um caso de educação verdadeiramente inclusiva. Crianças com e sem deficiência trabalham continuamente lado a lado com seus colegas e professores, sem deixar espaço para aulas individuais. As crianças e o professor aprendem a se comunicar através da linguagem alternativa e aumentativa personalizada para a deficiência específica de Nicole.
Nigéria
Victor – Victor (Nigeria, 2016, 15 min.) Dir. Chibuzo Mobis. LIVRE

Victor encontra seu caminho depois de perder uma perna em um sério acidente de carro.
Nova Zelândia
Celeste – Celeste (Nova Zelândia, 2016, 6 min.) Dir. Viv Kernick & Kirsty Griffin. LIVRE

A sociável, divertida e teatral Celeste passa seus dias rodeada por amigos e colegas de apartamento. Quando precisa ficar sozinha, ela se diverte assistindo suas séries favoritas em seu belo quarto. Às vezes, o limite entre a realidade e a fantasia se torna impreciso.
Moyzee (Moyzee) – (Nova Zelândia, 2016, 6 min.) Dir. Viv Kernick & Kirsty Griffin. LIVRE
Moyzee é cantor e compositor. Ele usa suas músicas como uma plataforma para ser ouvido. Suas músicas giram em torno do amor – e especialmente o amor por sua namorada Celeste. Como musa de Moyzee, Celeste forneceu a inspiração para uma série de canções de amor, incluindo sua última música – Mermaid.
Jonathan – Jonathan (Nova Zelândia, 2016, 6 min.) Dir. Kirsty Griffin & Viv Kernick. LIVRE
Orgulhoso das suas medalhas, Jonathan, campeão de marcha atlética, prepara-se para os jogos de verão da Special Olympics. Devido à baixa visão, sua maior dificuldade é não sair da sua raia, evitando a desclassificação.
Jessica – Jessica (Nova Zelândia, 2016, 6 min.) Dir. Kirsty Griffin, Viv Kernick. LIVRE
Com inclinação pela moda, Jessica tem a ideia de criar um figurino com caixas do cereal que ela gosta. Ela dá um importante passo ao entrar em um concurso mostrando sua criação como modelo no desfile.
Simon – Simon (Nova Zelândia, 2016, 6 min.) Dir. Kirsty Griffin and Viv Kernick. LIVRE
Simon passa seus dias trabalhando em uma fazenda e não recusa um pouco de trabalho pesado. Tendo uma comunicação não-verbal, Simon adora passar seu tempo livre com amigos, bebendo cerveja no clube dos Trabalhadores depois de um longo dia de trabalho. Sua mão foi inicialmente informada que a deficiência do filho era tão severa que ele talvez nunca se movesse por conta própria. Porém, Simon é um participante ativo da comunidade.
Noruega
Parceiro – Buddy (Noruega, 2018, 19 min.) Dir. Espen Bye. LIVRE

Øyvind e Espen são amigos que viviam juntos nos tempos de escola. Um dia, Øyvind sofreu um derrame cerebral, o que atrapalhou sua vida. Seus amigos mais próximos, aos poucos, foram desaparecendo. Os anos foram passando e Øyvind foi ficando cada vez mais solitário. Cinco anos depois, Espen reaparece e tira Øyvind de casa. Durante essa jornada, testemunharemos como dois amigos se reencontram apesar das circunstâncias.
Portugal
A Cabeça e a Mão – The Head and The Hand (Portugal, 2018, 24 min.) Dir. Marc Serpa Francoeur. LIVRE

O documentário mostra o relacionamento único entre Orandina e Angelina, que cresceram juntas em um orfanato de meninas pobres na remota ilha portuguesa de São Miguel. As duas mulheres viveram sozinhas por décadas, enquanto Orandina lentamente perdia os movimentos dos membros por uma condição neurológica degenerativa, e Angelina, que tem deficiência intelectual, tornou-se sua cuidadora. O filme apresenta uma rica reflexão sobre deficiência, independência e amizade.
Reino Unido
Diálogo entre Richard Hunt e Sonia Boue – Richard Hunt e Sonia Boue in Conversation (Reino Unido, 2018, 5 min.) Dir. Richard Hunt. LIVRE

Richard Hunt é um artista com síndrome de Down. Depois de ganhar o prestigioso prêmio britânico Shape Open para artistas com deficiência, Richard decide expandir sua técnica para incluir escultura e superfícies com textura, dando prosseguimento à sua bem sucedida colaboração com a artista autista Sonia Boué.
A Ponte entre Nós – The Bridge Between Us (Reino Unido, 2018, 11 min.) Dir. Ray Jacobs & Jonathan Tritton. LIVRE
Pessoas com e sem deficiência da incrível companhia de dança Contact Dance Company falam sobre sua interação e a mágica que acontece quando dançam juntas.
Festa das Diferenças – A Blind Bit of Difference and Tasting Color (Reino Unido, 2019, 17 min.) Dir. Kate Dangerfield e Amy Neilson Smith. LIVRE
Os magos da metáfora fazem o espetáculo Palavra Falada & Poesia Sonora com um animado elenco de pessoas com deficiência.
Rússia
Casa da Liberdade – House of Freedom (Rússia, 2019, 1h 21min.) Dir. Maxim Yakubson. LIVRE

Dina Loskutova é uma pessoa com deficiência severa. Ela se muda do hospital psiquiátrico onde morava para uma residência coletiva em uma pequena cidade de Razdolie, onde pode viver com outras pessoas com deficiência. O filme nos fala sobre sua vida e sobre os prazeres e dificuldades dos primeiros anos de vida autônoma.
Voy – Voy (Rússia, 2019, 1h 20min.) Dir. Maxim Arbugaev. LIVRE
O filme conta a história da Equipe Paraolímpica Russa de Futebol para Cegos (Futebol de 5) e seu primeiro treinador, Nicolay Beregovoy. Enquanto eles se preparam para o evento mais importante de suas vidas – o Campeonato Europeu –, enfrentam desafios complicados que colocam seu sonho em risco. (Aqueles que lembram da terceira edição do Festival Assim Vivemos, em 2007, lembrarão do jovem Sergey, retratado no filme Ver e Crer.)
Suíça
A Jornada – The Journey (Suíça, 2018, 1h 25min.) Dir. Fanny Bräuning. LIVRE

Um homem e uma mulher viajam pelo mundo em um motor home: Niggi, um fotógrafo apaixonado, e Annette, o amor da sua vida, que ficou paralisada do pescoço para baixo há 20 anos. Com coragem, sabedoria e charme, eles arrancam da vida aquilo que ainda faz valer a pena viver. Mas o que acontece ao amor quando as circunstâncias da vida mudam tão drasticamente? Cheia de curiosidade e encantamento, a documentarista (e filha do casal) Fanny Bräuning vai em busca de respostas.
Sobre o Festival Assim Vivemos
Além de exibir filmes nacionais e internacionais inéditos, o festival é conhecido por seus debates, sempre com convidados, que trazem novas perspectivas aos temas retratados nos filmes. As discussões promovidas pelo evento já foram apontados como uma quebra paradigmática ao deslocar para um espaço cultural um debate que antes se restringia aos ambientes de saúde e serviço social. O festival exibe documentários, filmes de ficção e animações que mostram a pessoa com deficiência como protagonista, colaborando para quebrar preconceitos que ainda são obstáculos para a realização de sua cidadania plena. O festival teve sua primeira edição em 2003 no Rio de Janeiro e em Brasília. A programação completa poderá ser consultada no site http://www.assimvivemos.com.br/2019/pt/programacao-sao-paulo/
Serviço:
Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência
27 de novembro a 9 de dezembro de 2019
Entrada Gratuita
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo – CCBB SP
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro. São Paulo -SP
(Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô)
(11) 3113-3651/3652 | Todos os dias, das 9h às 21h, exceto às terças.
Acesso e facilidades para pessoas com deficiência | Ar-condicionado | Cafeteria e Restaurante | Loja
Estacionamento conveniado: Edifício Zarvos – Rua da Consolação, 228.
Traslado gratuito até o CCBB. No trajeto de volta, a van tem parada na estação República do Metrô.
Valor: R$ 14 pelo período de 6 horas.
É necessário carimbar o ticket na bilheteria do CCBB.

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