‘Inflação do asfalto’ ameaça paralisar obras em rodovias

Boletim CBIC

Maio, 2021 – Matéria publicada nesta sexta-feira (07), no jornal Valor Econômico, destaca que as elevações do insumo asfáltico pela Petrobras de 25%, em abril, e 9% em janeiro, ameaçam a continuidade das obras de duplicação e até de manutenção em rodovias federais, segundo empreiteiras contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Atualmente, o Dnit administra 62,2 mil quilômetros de estradas, das quais 53,5 mil quilômetros são pavimentados, e tem contratos de manutenção cobrindo um total de 91% dessa malha.

Ouvido pelo Valor, o presidente da Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Carlos Eduardo Lima Jorge, alerta que esse não é um problema exclusivamente federal. “Essa situação se repete nos DERs [Departamentos de Estradas de Rodagem] estaduais e em programas municipais de recapeamento”, diz Lima Jorge.

Em um primeiro momento, segundo o executivo, a entidade dedicou-se à tentativa de recomposição mínima do orçamento para a faixa 1 do antigo Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que foi quase zerado após os vetos de Bolsonaro. Como ele acredita que esse corte está perto de uma solução, mesmo parcial, agora o plano é colocar mais esforços nas discussões sobre os impactos da alta acumulada do asfalto.

“É um monopólio da Petrobras, mas o cimento asfáltico de petróleo não chega a representar nem 2% de suas receitas. Já em um contrato de implantação [de novas pistas], responde por 40% dos custos. Em manutenção e conservação, fica entre 50% e 60% da despesa total”.

O presidente da Coinfra recebeu correspondência da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto (Abeda), manifestando preocupação com a continuidade das obras de infraestrutura rodoviária e da construção civil do País com esses aumentos.

Suas distribuidoras de asfalto representam mais de 90% do abastecimento no mercado nacional.

Acesse a íntegra da matéria no Valor Econômico.

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