Falta de impermeabilização predial pode afetar a saúde do morador

Fevereiro, 2020 – Quando se fala em construção civil, mais do que uma questão estrutural, a impermeabilização é uma questão de saúde pública. Você pode não vê-los ou senti-los, mas o emboloramento e o mofo causados pela umidade causam inúmeras doenças, dentre elas a Doença do Mofo, que faz parte da Síndrome do Edifício Doente (SED).

A SED é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “um conjunto de doenças causadas ou estimuladas pela poluição do ar em espaços fechados”. A síndrome só foi reconhecida pela OMS em 1982 e está associada a fatores como falta de impermeabilização das edificações, higienização e falta de manutenção no sistema de ar-condicionado.

A construção civil já trabalha com tecnologias para conter a umidade e trazer qualidade de vida, muito além a qualidade da obra. Um exemplo é o condomínio vertical Euro Park Residencial, que contratou um projeto específico para impermeabilização que abrangerá mais de 30 mil metros quadrados de todo o residencial, destes, 7 mil metros equivalem ao parque do empreendimento.

O objetivo é diminuir a ação do tempo e criar um ambiente saudável para os futuros moradores. “Problemas com umidade também podem ser causados pela falta ou má manutenção do usuário após a entrega da obra, impactando na vida útil do do sistema de impermeabilização. Mas é possível amenizar o processo natural de degradação com uma obra bem executada”, explica a engenheira civil Cecile Guimarães Ulhoa, uma das responsáveis pela obra do Euro Park. “Mas mais do que um cuidado com relação à qualidade da obra, nos preocupamos também com a saúde e qualidade de vida do morador,” pontua a engenheira.

O tema impermeabilização foi amplamente discutido durante o encontro da Comunidade da Construção, que aconteceu no Euro Park, na última semana. Os encontros são organizados periodicamente pelo Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO), Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

Para o professor da UFG e engenheiro civil Oswaldo Cascudo, a obra visitada é vanguardista no que tange o assunto. “Quando se investe em impermeabilização você potencializa o desempenho da edificação, principalmente no que diz respeito a durabilidade. Por isso é importante ter um projeto específico”, ressalta.

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