Construções Irregulares: 6 milhões de brasileiros sofrem com edificações perigosas

Maio, 2021 – Na busca por moradias “dignas” ou seja com infraestrutura,, preços que caibam dentro do bolso, milhares de famílias brasileiras pobres, lotam comunidades carentes buscando casas e apartamentos para viverem decentemente.. Entretanto, cidades como Rio e São Paulo, é comum acontecer desabamentos e incêndios em construções irregulares.

Sempre vitimando idosos, adultos e crianças É o caso do ocorrido hoje (03), na Comunidade do Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio,  prédio desabou matando duas pessoas e ferindo outras quatro pessoas.  Uma das vítimas fatais era uma criança de 02 anos.

Para lembrar de outro acidente grave, em 2019, na Favela da Muzema, área  próxima da comunidade do Rio das Pedras, após um forte temporal na região, o solo ficou bastante encharcado, contribuindo para o desabamento de dois prédios irregulares, levou à morte vinte e quatro  pessoas e feriu outras sete..

Sem Infraestrutura

É comum em regiões carentes do país, famílias inteiras construírem suas próprias moradias. Já que não há crédito imobiliário facilitado para quem ganha entre 1 e 3 salário mínimos e deseja comprar uma casa com infraestrutura. No Rio de Janeiro, grupos criminosos pegaram um caminho diferente e aproveitam a ausência do poder público, passaram à explorar construções de imóveis irregulares nos últimos 20 anos. Um negócio milionário. e sem regras.

Durante entrevista ao RJTV(Globo), Moacyr Duarte, especialista em Gerenciamento de Risco aponta os problemas técnicos que provocaram o grave acidente no Rio das Pedras: ” É provável que problemas de fundação, estudo do solo  e de estrutura do prédio fizeram o prédio tombar para frente e desabar”, disse Moacyr. De acordo com a prefeitura do Rio, 72% do imóveis na localidade não possuem licenças para uso residencial.

Para o Conselho de Arquitetura e Urbanismo – Rio de Janeiro(CAU), instrumentos públicos existem para mudar o problema habitacional no país –  Desabamentos de edificações irregulares em Rio das Pedras e na Muzema, comunidade vizinha, é recorrente. Em abril de 2019, dois prédios ruíram na comunidade, deixando 24 mortos. Lamentavelmente, são tragédias que poderiam ser evitadas se o poder público investisse mais no combate aos grupos que comandam esse território. Tais grupos crescem, assumindo o controle dos serviços e das políticas que deveriam ser garantidos pelo Estado, como segurança, transporte, abastecimento e, inclusive, habitação. Dessa forma, sem escolha, cabe à população morar em locais sem infraestrutura, sem conforto, sem salubridade e com enorme insegurança fundiária e sobre as condições estruturais das edificações”. 

O prefeito do Rio, Eduardo Paes esteve no local da tragédia reconhecendo o problema dos grupos criminosos,  determinou que suas secretarias municipais dessem todo apoio aos moradores vítima da tragédia

– Parece que alguns prédios do entorno, que estão sendo analisados, provavelmente vão ser condenados. A primeira coisa que a gente busca é tratar das famílias que sofreram mais e que têm vítimas. Aqueles que tiverem casas de parente poderão ir para lá e aqueles que não tiverem a Prefeitura vai ajudar a abrigar – disse o prefeito.

Detalhe: Um repórter perguntou para um morador qual o valor do aluguel na comunidade? O morador disse, R$ 500,00. 

Será que a Caixa Econômica Federal e outros bancos privados não têm como financiar imóveis de 1ª qualidade por R$ 500,00 para pessoas e famílias que ganham entre 01 e 03 salários mínimos? Sem burocracia.

Cadê o projeto de Moradia no Centro – RJ  ? 

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