Auxílio emergencial, autoconstrução e as obras imobiliárias faz vendas de cimento crescer 11% em 2020

Janeiro, 2021 – As vendas de cimento no Brasil em dezembro somaram 4,7 milhões de toneladas, um crescimento de 16,6% em relação ao mesmo mês de 2019, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC). Mas ao analisar a venda de cimento por dia útil – que considera o número de dias trabalhados e tem forte influência no consumo – de 208,4 mil toneladas no período, a queda é de 13,2% comparada com o mês anterior – o que pode indicar um arrefecimento diante de um cenário de incertezas da economia e da construção civil em 2021.

Com esse resultado, o setor termina 2020 com um total de 60,8 milhões de toneladas de cimento vendidas, um aumento de 10,9% sobre o ano anterior, e volta ao patamar de comercialização de junho de 2016.

Tudo isso só foi possível devido as rápidas ações tomadas pela indústria do cimento, que viabilizaram em meio a uma surpreendente pressão de demanda, a continuidade do fornecimento regular e de qualidade do insumo, mesmo num cenário de forte aumento de custos de produção.

Os principais indutores do crescimento da atividade foram o auxílio emergencial, a autoconstrução e as obras imobiliárias – que garantiram 80% das vendas de cimento, assegurando bom desempenho do setor no período.

Em meio ao cenário de estagnação que se viu no início da pandemia, aliada a construção civil a autoconstrução foi o elemento diferencial para a recuperação de vendas em 2020 e a partir de junho, contribuiu para o aumento de demanda de cimento principalmente nas reformas residenciais e comerciais.

No Nordeste, líder de vendas no ano, o auxílio emergencial foi decisivo para atingir esse resultado. Mas com a redução do benefício à metade em setembro e o anúncio do fim da concessão a partir de janeiro, o consumo do insumo se retraiu significativamente, fazendo com que a região passasse a ser a terceira posição de vendas no Brasil nos últimos meses.

Em razão das restrições de circulação logo no início da pandemia, o setor da construção contava com 20% de paralisação das obras imobiliárias4. Mas com a definição desta atividade como essencial para a economia e a adoção de protocolos e medidas sanitárias, a retomada se efetivou ao longo do ano.

“Vivemos uma montanha-russa nas projeções de 2020. Antes da pandemia, estimávamos um crescimento de 3%. Em abril, com a queda acentuada da demanda, esperávamos uma retração de 7% a 9% no ano. De junho a outubro, a indústria do cimento registrou forte recuperação seguido de um novembro e dezembro de crescimento moderado. Tudo isso nos levou a um resultado surpreendente de 11% de incremento nas vendas.”
Paulo Camillo Penna – Presidente do SNIC

Fonte: SNIC

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