Dezembro, 2025 – O setor industrial brasileiro vem enfrentando um alerta crescente relacionado a um aumento nos casos de incêndios. Segundo relatório recente do Instituto Sprinkler Brasil (ISB), incêndios estruturais em indústrias cresceram 34% no primeiro semestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O dado alarmante reforça a necessidade de modernização dos processos de inspeção e manutenção de equipamentos de segurança e prevenção. E mostra que, diante do aumento dos riscos, uma simples verificação manual muitas vezes não basta.
Para Leandro Ribeiro da Silva, especialista em TI e CEO da CAD Sistemas, empresa especializada em soluções para gestão de segurança contra incêndio, o cenário revela um problema estrutural, onde a maior parte desses incidentes está relacionada a falhas em equipamentos essenciais, como sprinklers, alarmes de incêndio, hidrantes, extintores e sistemas de sinalização.
Diante desse cenário, Silva ressalta a importância da adoção de aplicativos e sistemas digitais para inspeção, uma alternativa segura e eficiente que garante a padronização dos checklists, com geração automática de relatórios com data, hora, fotos e geolocalização, além de alertas de vencimento e sinais de falhas que permitem ações preventivas. Além disso, facilita o cumprimento de normas de segurança do trabalho, regulamentações de prevenção ao fogo e exigências de seguradoras.
O especialista ainda destaca que a análise de dados vem se tornando um diferencial, pois com o acúmulo de informações, os gestores conseguem identificar padrões, mapear pontos críticos e planejar intervenções com mais assertividade. “As empresas que investem em inspeção digital conseguem prever problemas antes que eles se transformem em acidentes. É uma mudança de cultura que salva vidas e recursos”, destaca Leandro.
Os episódios recentes reforçam que a negligência nos sistemas de prevenção gera custos muito maiores do que o investimento em tecnologia. Além da reconstrução de estruturas e reposição de equipamentos, as empresas atingidas enfrentam perda de produtividade, desgaste de imagem e, em alguns casos, responsabilização legal.
Em suma, Silva reforça que o uso de tecnologias de monitoramento e inspeção não deve ser visto apenas como obrigação regulatória, mas como um compromisso estratégico. Trata-se de garantir a integridade dos colaboradores, a continuidade das operações e a sustentabilidade do negócio. “Modernizar processos não é mais uma escolha, mas sim uma urgência operacional e social”, conclui.



