Clima quente nas obras da COP30: Trabalhadores da Construção cruzam os braços em protestos contra péssimas condiçoes de trabalho, melhores condiçoes salariais, promoção para mulheres no setor e Participação nos Lucros e Resultados (PLR)

Setembro, 2025  – Com muitas reclamações de todos os lados, os preparativos da COP30 em Belém PÁ segue com novos episódios apimentados. Dessa vez mais de 5 mil trabalhadores da construção civil paralisaram diversas obras pela cidade de Belém, Ananindeua e Marituba em protesto contra condiçoes precárias de trabalho, reajuste salarial acima da inflação e benefícios.

“A adesão nos principais canteiros de obras da capital expõe a insatisfação dos trabalhadores com a proposta patronal, considerada insuficiente diante das necessidades da categoria. Entre as reivindicações centrais estão reajuste digno, melhores condições de trabalho, promoção para as mulheres, PLR em duas parcelas de R$ 378 e uma cesta básica no valor de R$ 270 — bem abaixo dos R$ 687,30 calculados pelo DIEESE.
Com forte presença nas ruas, os trabalhadores deixam claro que não aceitarão retrocessos e seguirão mobilizados até que suas demandas sejam atendidas”, diz representante do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Imobiliário de Belém – SITICMB 

 

Operários do Parque da Cidade e das obras da COP 30 aderem ao primeiro dia(16/09) de greve da construção civil
O primeiro dia da greve geral da construção civil em Belém já demonstra a força da categoria. Operários do Parque da Cidade e das obras da COP 30 aderiram massivamente à paralisação, reforçando a mobilização organizada pelo STICMB e pela CSP-Conlutas.

 

O Sindicato da Empresas da Construção Civil(SINDUSCON-PA) ofereceu uma proposta que não atendeu os anseios da categoria, como: cesta básica no valor de R$ 120, o que representa um aumento de 9% em relação ao valor atual de R$ 110,00. Segundo o Sinduscon, esses percentuais demonstram o esforço do setor em assegurar ganhos reais aos trabalhadores considerando o cenário econômico atual(G1).

Para resolver o impasse entre empresários e trabalhadores da construção civil o governo do Pará vai intermediar o processo  a fim de não correr riscos na véspera da COP30, com obras não finalizadas.  Helder Barbalho, governador do estado paraense disse ao G1:

“É importante registrar, seja essa manifestação por parte do sindicato da construção civil, seja a questão dos preços de hotéis, que o governo e os órgãos de controle têm buscado colaborar para garantir termos que preservem os interesses de todas as partes envolvidas”, afirmou Helder.

Por outro lado, segundo informações dos próprios dirigentes SITICMB, uma empresa já aceitou em dá um aumento de 7%, e Cesta Básica no valor de R$ 200,00.  

Amanha(17), o Ministério do Trabalho e Emprego, Sindicato das Empresas da Construção Civil e Sindicato dos Trabalhos vão se reunir para acertarem os impasses e dá fim na greve.

Afinal, todo trabalhador quer trabalhar e ao final levar seu sustento digno para casa.

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