91% dos profissionais de óleo e gás acreditam em um futuro mais sustentável, mas apenas 53% das empresas têm programas ativos de transição energética

Relatório da Aggreko revela os principais desafios e oportunidades da transição energética na América Latina, destacando o papel estratégico do Brasil

A transição energética é uma pauta incontornável para o setor de óleo e gás na América Latina. No entanto, apesar do consenso sobre sua importância, os avanços ainda são desiguais. É o que mostra o novo relatório da Aggreko, empresa global de soluções de energia, que ouviu mais de 300 profissionais do setor em sete países da região.

Segundo o estudo, 91% dos entrevistados acreditam que é possível tornar o setor mais sustentável, mas apenas 53% das companhias afirmam já ter iniciativas concretas de transição energética, como a introdução de fontes renováveis (59%) e o uso de equipamentos mais eficientes (43%). Os principais entraves para ampliar esse movimento estão ligados a custos elevados, falta de incentivos governamentais e desafios de infraestrutura e logística.

Além disso, 85% dos profissionais enxergam práticas sustentáveis como fator direto de eficiência nas operações, um dado que reforça o elo entre competitividade e descarbonização.

“No setor de óleo e gás, a sustentabilidade deixou de ser apenas uma pauta ambiental e se tornou um fator de eficiência e competitividade. Empresas que conseguem adotar soluções híbridas e reduzir sua pegada de carbono garantem não apenas operações mais seguras, mas também maior resiliência frente às pressões regulatórias e de mercado”, afirma Daniel Rossi, gerente de Setor de Óleo e Gás da Aggreko na América Latina.

O relatório detalha como cada mercado latino-americano vem conduzindo sua transição energética. No Brasil, o pré-sal segue como recordista de produção, enquanto o país estabeleceu a meta de neutralidade de carbono até 2050 e se prepara para sediar a COP30. A Petrobras já injeta volumes recordes de CO₂ em reservatórios do pré-sal, ao mesmo tempo em que empresas privadas apostam em eletrificação de plataformas para reduzir o uso de diesel.

O estudo conclui que as interrupções de energia permanecem como um risco crítico para a operação do setor, exigindo maior atenção a modelos de fornecimento mais resilientes. Nesse contexto, o potencial das soluções híbridas e móveis se destaca como caminho para manter operações seguras em regiões isoladas, ao mesmo tempo em que a eficiência energética passa a ser vista não apenas como compromisso ambiental, mas como um ativo competitivo capaz de reduzir custos e diferenciar empresas no mercado global. Os dados também ressaltam o papel estratégico do setor privado, cuja capacidade de investimento e inovação será determinante para acelerar a transição energética e apoiar políticas públicas em toda a América Latina.

Com presença global e atuação em projetos críticos de energia, a Aggreko vem liderando soluções híbridas e modulares que permitem maior eficiência em operações offshore e onshore, especialmente em áreas remotas. A empresa defende que a transição energética no setor passa por flexibilidade, inovação e adaptação ao contexto local.

O relatório completo “O setor de óleo e gás na América Latina: como as empresas vêm se adaptando às mudanças globais e à transição energética” já está disponível para download.

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