Obras da Odebrecht no mundo: Inauguração da Refinaria de Cabinda marca novo ciclo energético em Angola

Empreendimento foi construído pela construtora brasileira Odebrecht Engenharia & Construção, que atua no país africano há mais de 40 anos de forma ininterrupta

A Refinaria de Cabinda, primeira construída em Angola depois da independência do país, foi inaugurada no dia 1º de setembro em evento que contou com a presença do Presidente da República, João Manuel Gonçalves Lourenço, marcando um passo decisivo para a autossuficiência energética e para a diversificação industrial do país.
O projeto é resultado de uma parceria entre a Gemcorp e a Sonangol – estatal petrolífera angolana –, através de uma sociedade conjunta na qual a Gemcorp detém 90% do capital e os 10% restantes pertencem à Sonangol. Na sua primeira fase, a refinaria modular vai processar até 30.000 barris de petróleo por dia, fornecidos pela Sonangol, e duplicará a sua capacidade para 60.000 barris/dia após a conclusão da segunda fase, já em curso.
A primeira fase da Refinaria de Cabinda envolveu um investimento de 473 milhões de dólares, financiados por capitais próprios e por um consórcio bancário internacional. O modelo de financiamento foi distinguido com o prêmio “Africa Oil & Gas Deal of the Year” pela Infrastructure Journal Global.
A Governadora da Província de Cabinda, Suzana de Abreu, destacou a importância da inauguração da Refinaria para o desenvolvimento local. “A inauguração desta refinaria marca um passo decisivo para o futuro de Cabinda. Representa um motor de desenvolvimento local, capaz de impulsionar a nossa economia e de criar milhares de oportunidades de emprego para os nossos cidadãos. Este é um projeto que simboliza a confiança no potencial da nossa província e a determinação em construir um amanhã mais próspero e inclusivo para todos”.
A refinaria vai produzir diesel, combustível para aviação, óleo combustível pesado e nafta, produtos críticos para a mobilidade, energia e indústria. Estima-se que a sua operação permitirá poupar centenas de milhões de dólares por ano em importações, além de aumentar a segurança energética nacional.

Durante a construção foram registadas mais de 14 milhões de horas de trabalho sem acidentes, instalados 385 km de cabos, 158 km de dutos e mais de 15.000 toneladas de aço, o que demonstra a dimensão do empreendimento.
O projeto contou com a colaboração de 200 empresas angolanas e de mais de 500 empresas de outros 15 países, representando um esforço logístico e de engenharia de elevada complexidade. A Refinaria de Cabinda integra tecnologias de última geração, incluindo uma unidade de eliminação total de flaring, em conformidade com os mais exigentes padrões internacionais de segurança, eficiência e sustentabilidade ambiental.
Além do presidente da República, a cerimônia de inauguração da refinaria contou com a presença da Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço; do Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo; do Presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Gaspar Martins; do CEO da Gemcorp Capital, Atanas Bostandjiev, e do CEO da Gemcorp ICS, Marcus Weyll, membros do poder Executivo, do Governo provincial de Cabinda e outras autoridades locais.

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