Agosto, 2025 – A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) concluiu, nesta semana, importantes ações de revitalização hidroambiental em microbacias hidrográficas do município de Grão Mogol, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Com investimento de pouco mais de R$ 1 milhão, foram implantadas 1.220 bacias de captação de água da chuva, com seis e doze metros de raio, além de 8 mil metros de terraços.
As intervenções beneficiam diretamente centenas de produtores rurais, em especial da agricultura familiar, que atuam nas sub-bacias dos córregos Ponte Alta, Ribeirão Extrema e no alto rio Vacarias.
As estruturas foram construídas em áreas de pastagens e margens de estradas vicinais, locais onde já havia sinais de erosão. O objetivo é captar enxurradas, promover a infiltração da água no solo e reter sedimentos, contribuindo para a preservação de rios e córregos.
As microbacias contempladas são afluentes do rio Itacambiruçu, principal curso d’água de Grão Mogol e um dos mais importantes rios que deságuam no Jequitinhonha. Segundo relatório técnico da Codevasf, a expectativa é de que os resultados sejam semelhantes aos já observados em outras regiões do norte de Minas, com melhoria da qualidade da água, recuperação de áreas degradadas e aumento da disponibilidade hídrica ao longo do ano.
Melhoria da produtividade agrícola
Para o superintendente regional da Codevasf em Minas Gerais, Romeu Souto Filho, a iniciativa cumpre a missão da Companhia de apoiar o desenvolvimento regional. “Com a recuperação de áreas degradadas, permitindo a perenização de rios e córregos, estamos não só melhorando a produção e a produtividade agrícola em pequenas comunidades rurais, mas também reduzindo sensivelmente o êxodo rural no norte de Minas”, destacou Romeu Souto.
Morador há mais de 40 anos da Fazenda Angico, às margens do córrego Ponte Alta, o produtor Lemerte Celestino da Silva comemorou a chegada das obras. “Essas bacias vão evitar o assoreamento, a erosão e o desbarrancamento dos nossos riachos. Para nós é uma grande conquista, pois teremos mais água o ano inteiro. É um benefício que nossa comunidade aguardava há muito tempo”, afirmou.
Seu Lemerte cultiva hortaliças como abóbora, cenoura e batata, que abastecem os mercados da região e as Ceasas de Montes Claros e Belo Horizonte, além de atuar na produção de leite.