Por um longo período, abordar a segurança no trabalho se resumia a falar sobre a prevenção de acidentes.
Maio, 2025 – A proteção do trabalhador, claro, segue sendo prioridade. Mas nos últimos anos, a pauta ambiental ganhou espaço também nesse contexto e os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) começaram a ser vistos não só como itens técnicos obrigatórios, mas também como parte de uma cadeia com impacto ambiental real.
É o início de uma nova fase para o setor. O que antes era descartável, literal e figurativamente, agora é alvo de regulamentações, exigências de mercado e inovação sustentável.
O impacto ambiental dos EPIs: um problema silencioso
EPIs são, por definição, produtos resistentes, com materiais complexos e voltados à proteção contra agentes químicos, físicos e biológicos. Isso significa que a maior parte deles (luvas, botas, máscaras, capacetes, óculos) não é biodegradável.
Segundo a Fundacentro, somente o setor industrial brasileiro pode gerar mais de 30 mil toneladas anuais de resíduos plásticos e sintéticos vindos de EPIs descartados. Em ambientes como construção civil, mineração e agronegócio, o volume se multiplica.
Esse descarte massivo se soma a um segundo problema: a ausência de protocolos padronizados de coleta e reciclagem. Sem estrutura de logística reversa ou orientação técnica, grande parte dos EPIs usados é descartada junto ao lixo comum ou industrial.
Legislação brasileira: o que diz a lei sobre EPIs e sustentabilidade?
Alguns marcos legais ajudam a reforçar a conexão entre segurança do trabalho e responsabilidade ambiental, orientando empresas quanto ao uso, conservação e descarte adequado dos EPIs.
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
A PNRS determina a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Isso inclui:
- Redução na geração de resíduos;
- Logística reversa obrigatória para itens específicos;
- Incentivo à produção e consumo sustentáveis.
Empresas que usam ou fornecem EPIs devem, por essa lei, buscar meios de reaproveitamento e descarte adequado. O não cumprimento pode levar a sanções administrativas e comprometer selos de responsabilidade ambiental.
Norma Regulamentadora nº 6 (NR-6)
Embora não trate diretamente de sustentabilidade, a NR-6 estabelece critérios técnicos que impactam a durabilidade e o uso racional dos EPIs. Ela exige que os produtos tenham Certificado de Aprovação (CA), o que assegura qualidade e evita o uso de itens falsificados ou de baixa resistência que, por quebra ou desgaste precoce, aumentam o volume de descarte.
Além disso, a NR-6 exige que o empregador forneça EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento. Isso fortalece a lógica de EPIs duráveis, seguros e com menor impacto ambiental.
O avanço dos EPIs sustentáveis no Brasil
A indústria de EPIs começa a responder com soluções alinhadas às diretrizes ESG. Empresas de diversos portes já aderem a iniciativas como:
1. Produção com materiais recicláveis ou reciclados
O uso de PET reciclado, borracha reaproveitada e fibras sintéticas com aditivos ecológicos tem se tornado comum em linhas técnicas de luvas, vestimentas e calçados. Algumas marcas já conseguem rastrear toda a cadeia de produção com indicadores ambientais.
2. Logística reversa
Apesar de ainda pouco difundida, algumas empresas implementam sistemas próprios de recolhimento de EPIs usados, com descarte técnico, reaproveitamento de componentes e orientação para usuários sobre pontos de coleta.
A própria Política Nacional de Resíduos Sólidos incentiva esses modelos com base no conceito de responsabilidade compartilhada.
3. Certificações ambientais
Alguns EPIs já chegam ao mercado com ISO 14001, selo Verde, EcoLabel ou outros reconhecimentos que atestam que o processo de fabricação respeita padrões internacionais de gestão ambiental.
4. Redução de processos poluentes
Mudanças no acabamento dos tecidos, uso de corantes naturais ou livres de metais pesados e adoção de energia renovável nas fábricas também são medidas cada vez mais presentes no setor.
Exemplos reais e tendências
A adoção de luvas reutilizáveis de alta resistência tem se consolidado como prática eficiente em setores como logística, manutenção e limpeza industrial. Ao oferecer maior durabilidade, essas luvas ajudam a reduzir a frequência de descarte e contribuem para o uso mais racional de insumos. Um exemplo são os modelos com forro interno e reforço nitrílico, como esta opção da Ansell, desenvolvida para suportar atrito e exposição contínua a agentes agressivos.
Outra solução amplamente utilizada são os capacetes de polietileno de alta densidade (HDPE), como os modelos com suspensão tipo carneira ou catraca ajustável, que oferecem proteção eficiente contra impactos e choques elétricos de baixa tensão. Por serem leves, duráveis e resistentes, como o modelo V-Gard da MSA, esses capacetes representam uma escolha sólida para diversas frentes operacionais.
Já os calçados de segurança com solado de borracha, bastante utilizados por profissionais da construção, mineração e logística, combinam proteção com conforto e resistência ao desgaste. Embora não sejam fabricados com borracha reciclada, os modelos disponíveis, como os da Marluvas e Bracol, atendem aos requisitos de durabilidade, sendo apropriados para jornadas intensas e ambientes de alto impacto. Confira, por exemplo, a linha de calçados de segurança disponível aqui.
Por que sustentabilidade em EPIs não é apenas um diferencial
Hoje, não se trata mais de “fazer bonito” no relatório anual. A adoção de práticas sustentáveis na escolha e uso de EPIs traz benefícios reais para as empresas:
- Redução de custo operacional, com menor frequência de substituição;
- Conformidade legal, evitando riscos de passivos ambientais;
- Atendimento a exigências de auditorias ESG;
- Melhora na imagem institucional junto a investidores, clientes e órgãos reguladores;
- Engajamento dos próprios colaboradores, que valorizam ambientes comprometidos com a preservação ambiental.
Além disso, empresas contratantes já começam a exigir, em seus processos de licitação, fornecedores que apresentem certificações ambientais ou evidências de boas práticas.
Onde encontrar EPIs alinhados à responsabilidade ambiental
À medida que as empresas buscam alinhar suas operações a princípios ESG e a uma gestão mais responsável de recursos, a escolha de fornecedores se torna parte essencial dessa estratégia. Distribuidoras técnicas como a Net Suprimentos vêm assumindo esse papel com consistência, atuando não apenas como fornecedoras de EPIs, mas como parceiras na disseminação de boas práticas em segurança e eficiência operacional.
Com um posicionamento voltado ao fornecimento inteligente, a Net Suprimentos integra tecnologias logísticas, curadoria técnica e soluções pensadas para otimizar o uso dos equipamentos ao longo do tempo, o que impacta diretamente na redução de desperdícios, na durabilidade dos insumos e no incentivo à conformidade normativa.
Além disso, a empresa investe em processos de atendimento e acompanhamento técnico que favorecem o uso racional dos equipamentos de proteção, contribuindo para decisões mais conscientes por parte dos compradores especialmente em setores industriais, construção civil e serviços essenciais.
Ao reforçar critérios como qualidade comprovada, procedência certificada e suporte técnico especializado, a Net Suprimentos se alinha às necessidades de um mercado cada vez mais atento à relação entre desempenho, segurança e responsabilidade ambiental.
Considerações finais
A sustentabilidade na segurança do trabalho já não é uma alternativa: é parte da maturidade operacional de qualquer empresa que deseja se manter competitiva, em conformidade com a lei e coerente com as demandas ambientais
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