Fiscas do CREA-RJ acompanharam as montagens nesta quarta-feira (30)
Abril, 2025 – A segurança que você sente num show está na engenharia que você não vê. Mais uma vez a fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (CREA-RJ) atua num megaevento da cidade maravilhosa, sempre em defesa da sociedade. A presença dos fiscais hoje em Copacabana contribuiu para que haja mais segurança na realização do show de Lady Gaga, a popstar, mother monster, o que seja, que deve levar 1,6 milhão de corpos à praia no próximo sábado, dia 3 de maio.
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (CREA-RJ), engenheiro Miguel Fernández, destacou a importância da fiscalização do Conselho na realização de um espetáculo com todas as condições de segurança para os trabalhadores e para o público.

“O CREA continua ativo através da sua comissão de fiscalização de megaeventos neste grande show que vai ser realizado na praia de Copacabana, da artista Lady Gaga, e que pretende envolver milhões de pessoas. Haverá uma estrutura gigantesca necessária para poder dar condições de segurança para esse grande evento. E o CREA está participando ativamente da fiscalização da montagem de toda a parte prévia ao show, da infraestrutura necessária, fazendo a fiscalização para que tenhamos profissionais devidamente registrados e habilitados fazendo toda essa infraestrutura”, afirmou Fernández.
O presidente do CREA-RJ lembra que é importante a atuação dos fiscais antes, durante e depois do evento: “Durante o evento estaremos presentes, também garantindo a participação desses profissionais na operação e depois do evento, no descomissionamento, na questão dos resíduos, no devido encaminhamento desses resíduos para os locais corretos, garantindo também toda a questão ambiental e sustentável de um show dessa proporção. O Rio de Janeiro tem essa vocação, merece ter a atuação da fiscalização do CREA, ajuda na segurança e faz também a garantia de que profissionais devidamente qualificados e habilitados do setor das engenharias estejam trabalhando, levando esse espetáculo para cada um de nós”, enfatizou Miguel Fernández.
Com o principal objetivo de coibir o exercício ilegal da profissão de engenheiro, o CREA enviou dois fiscais e o gerente da fiscalização, Cosme Chiniara, que constataram que está tudo correndo dentro do previsto para a realização do show. “Mais uma vez a fiscalização do CREA-RJ está presente em um grande evento na cidade do Rio de Janeiro. Dessa vez, estamos aplicando o resultado do trabalho sobre megaeventos, com novos parâmetros e uma padronização da fiscalização de grandes eventos em todo o Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de dar toda a segurança ao espetáculo”, observou Chiniara, acompanhado do coordenador da fiscalização, Leonardo Canário, e do fiscal Rodrigo Del Guerso Soares.
Os fiscais do CREA já registraram a presença de dez empresas de engenharia, 18 profissionais das mais diversas especialidades e 29 Anotações de Responsabilidade Técnica (ART), documento que permite a rastreabilidade dos responsáveis por obras e serviços e desse modo facilitar a apuração, no caso de episódios que ofereçam qualquer risco às pessoas. Durante cerca de duas horas, os fiscais percorreram as instalações do palco e dos equipamentos, numa área de 1 mil 300 metros quadrados.
No início da tarde desta quarta-feira, dia 30, enquanto fervia o clima entre os fãs paralisados em frente ao Copacabana Palace – à espera que Lady Gaga chegue na janela, para um simples aceno – do outro lado da Avenida Atlântica, era grande o corre-corre no “chão da fábrica” de sonhos da plataforma Todo Mundo no Rio, criada pela empresa Bonus Track para realizar megaeventos na cidade. A plataforma tem o compromisso de reverter em legado e impacto positivo todas as intervenções da indústria criativa carioca. Só esse show da Lady Gaga deve gerar um impacto econômico de cerca de R$ 600 milhões para a cidade.
No “canteiro de obras” de Gaga, estava todo mundo vestido a caráter com EPI (Equipamentos de Proteção Individual), capacetes de várias cores, botas e botinas de todos os tipos, os 3.800 trabalhadores suam para montar uma das maiores estruturas vistas em shows na Praia de Copacabana: cerca de cem toneladas de equipamentos para um palco de 1 mil 260 metros quadrados e 24 metros de altura (o equivalente a um prédio de seis andares), um mega painel de led de última geração (todos juntos formam área total de 806 metros quadrados). Ao longo da praia, até a Avenida Princesa Isabel, estarão 16 torres de delay, cada uma com um telão de nove metros de altura por cinco metros de largura para transmissão de som e imagem. Cerca de cem quilômetros de cabos vão levar a energia para oferecer um som de quase 4 mil KVA de potência. Vai abalar a princesinha do mar.