Vendas no varejo de material de construção têm queda de 8,5% no primeiro semestre

Desempenho foi 5% superior ao registrado em maio, mas não foi o suficiente para reverter queda no ano. Anamaco espera crescimento de 3,5% em 2016

As vendas no varejo de material de construção cresceram 5% no mês de junho, na comparação com maio deste ano. O desempenho, que foi similar ao registrado no mesmo período de 2015, não foi suficiente para reverter a queda acumulada de 8,5% no primeiro semestre. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor apresenta queda de 10%.

Os dados são do estudo mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas da Anamaco, com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil, Anfacer e Siamfesp. O levantamento ouviu 530 lojistas, das cinco regiões do país, entre os dias 28 e 30 de junho. A margem de erro é de 4,3%.

“Nós já sabíamos que o primeiro semestre do ano seria difícil para o nosso setor, especialmente por conta do cenário econômico do país, que está afetando não só a liberação de créditos nos principais financiamentos voltados ao nosso segmento, como também a confiança do consumidor, que passou a adiar pequenas reformas e obras”, explica Cláudio Conz, presidente da Anamaco.

Segundo ele, apesar dos números não terem sido favoráveis ao setor no primeiro semestre, a expectativa da entidade ainda é a de o varejo de material de construção deve crescer 3,5% em 2016. “Mesmo com os dados apresentados até aqui, não podemos deixar de ser otimistas. Tradicionalmente, o segundo semestre do ano corresponde a 60% do volume de vendas. Fora isso, não podemos ignorar o fato de que há uma demanda natural pelos nossos produtos. O déficit habitacional brasileiro, por exemplo, ainda é de 6,2 milhões de moradias, segundo levantamento do Deconcic (Departamento da Indústria da Construçao da Fiesp), mesmo com programas como o “Minha Casa Minha Vida” em andamento, que reduziram esse índice em 2,8% nos últimos quatro anos. Por outro lado, grandes construtoras estão reordenando seus investimentos para investirem em habitação popular, voltada a famílias com renda entre 3 e 10 salários mínimos”, completa Conz.

O presidente da Anamaco ainda lembra que o setor está trabalhando em diversas frentes para conseguir melhorar a liberação de créditos para financiamentos. “Na semana passada, nos reunimos com a Caixa Econômica Federal, juntamente com outras entidades, e discutimos a retomada do Construcard e do FIMAC/FGTS, e isso deve dar novo fôlego ao setor”, acrescenta.

No levantamento por regiões, a pesquisa da Anamaco indicou que as vendas do setor no mês de junho cresceram 7% no Norte, 6% no Sudeste e Nordeste e 4% no Sul e Centro-Oeste com relação ao maio.

Dentre as categorias pesquisadas, revestimentos cerâmicos e tintas foram as que apresentaram os melhores índices, com 11% e 7% de crescimento no período, respectivamente. Já louças sanitárias e telhas de fibrocimento cresceram 5%, seguidas de metais sanitários e fechaduras e ferragens, com 3% cada.

Cerca de 54% dos lojistas entrevistados esperam que as vendas continuem crescendo em julho. Já o grau de otimismo em relação ao Governo retraiu de 52% para 46%. O levantamento também indicou que 13% dos lojistas pretendem contratar novos funcionários e 33% pretendem fazer novos investimentos nos próximos 12 meses.

Fonte: Assessoria de Imprensa Anamaco 

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