Varejo de material de construção tem despenho estável em fevereiro

Resultados foram diferentes por regiões. Centro-Oeste, Norte e Nordeste tiveram crescimento em relação a janeiro, enquanto Sul e Sudeste retraíram

As vendas no varejo de material de construção ficaram estáveis no mês de fevereiro, com relação a janeiro de 2016. Na comparação com fevereiro do ano passado, o desempenho ficou 2% abaixo. Já no acumulado do ano, a retração foi de 4%.

Os dados são do estudo mensal realizado pelo Instituto de Pesquisas da Anamaco, com o apoio da Abrafati, Instituto Crisotila Brasil, Anfacer e Siamfesp. O levantamento ouviu 530 lojistas, das cinco regiões do país, entre os dias 23 a 29 de fevereiro. A margem de erro é de 4,3%.

Segundo a pesquisa, os resultados apresentados no mês foram diferentes nas cinco regiões do país. O Centro-Oeste, o Norte e o Nordeste, por exemplo, tiveram crescimento de 18%, 10% e 4%, respectivamente. Já o Sul e o Sudeste registraram retração de -2% e -5%. “Esse é um comportamento atípico do consumidor, mas que já mostra que, em algumas regiões do país, os clientes não estão mais conseguindo adiar as obras. Várias áreas do Norte e Nordeste tiveram chuvas volumosas em janeiro, a mesma coisa no Centro-Oeste, onde as chuvas chegaram mais no fim do mês e acabaram piorando a situação daquela infiltração no teto, na parede, ou mostrando que aquela telha quebrada não pode segurar mais tempo. É natural que o consumidor adie obras em períodos de crise, mas reforma não é algo que se pode adiar por muito tempo”, declara o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.

Para ele, o feriado do Carnaval, que diminuiu o número de dias úteis em fevereiro, também influenciou o resultado das vendas. “Historicamente, sempre temos um início de ano mais lento, pois muitas escolas só voltam as aulas em fevereiro e março. Criança em casa é um outro fator que atrapalha a reforma”, completa.

No levantamento por categorias, cimento foi o que apresentou resultado mais positivo, com crescimento  de 4% no período, seguido de revestimentos cerâmicos e tintas (2%), louças e metais sanitários (1%). Fechaduras e ferragens apresentaram índices muito próximos de janeiro e fecharam o mês com desempenho estável. Já telhas de fibrocimento retraíram 6%.

Os lojistas entrevistados acreditam que vão recuperar parte das vendas já em março. “Centro-Oeste e Nordeste foram as regiões mais otimistas, com 65% e 51% dos entrevistados afirmando que vão vender mais do que em fevereiro. Com isso, essas regiões também estão mais propensas a contratar novos funcionários no período”, explica Conz.

O estudo também revelou que, desde janeiro de 2015, prevalece o pessimismo do setor com relação às ações do Governo. “Ainda assim, 27% dos lojistas pretendem fazer novos investimentos nos próximos 12 meses”, completa o presidente da Anamaco.

O varejo de material de construção fechou 2015 com retração de 5,8%, na primeira retração registrada pelo segmento nos últimos 12 anos. A Anamaco, no entanto, espera que 2016 seja um ano de recuperação. “Sabemos que o primeiro trimestre será difícil, mas que, a partir de abril e maio, temos boas perspectivas de crescimento. A expectativa inicial é a de fecharmos 2016 com faturamento 6% superior ao de 2015”, finaliza Conz.

A Anamaco também informa que está finalizando os estudos para alterar o método de cálculo do faturamento do setor, em razão das novas medições introduzidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em seus índices. Um estudo prévio, a ser finalizado em março, apontou que o varejo de material de construção teve um faturamento de R$ 115 bilhões em 2015.

Sobre a Anamaco

A Anamaco – Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção – é uma entidade de classe, sem fins lucrativos, que funciona como interface entre os órgãos governamentais e as Acomacs e Fecomacs, demais entidades, fabricantes e comerciantes de material de construção. Em 2016, a entidade comemora 52 anos de fundação de seu sistema associativista.

O nosso papel é desenvolver ações junto ao poder público apresentando sugestões e projetos que têm por objetivo aumentar as vendas de material de construção, promovendo o desenvolvimento do setor e do país como um todo. A Anamaco também promove discussões em torno de assuntos que podem interferir diretamente na cadeia produtiva da Construção, como questões ligadas à tributação, projetos de lei etc.

O nosso presidente, Cláudio Elias Conz, é membro do Conselho Curador do FDS (Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social) e do Conselho Curador do FGTS, representando a CNC.

Com cerca de 148 mil lojas em todo o país (incluindo 136.868 lojas varejistas e mais de 12 mil lojas atacadistas), o setor de material de construção é parte integrante do complexo denominado de “ConstruBusiness”, que representa 9,1% do PIB brasileiro. Cada R$1 produzido na construção gera R$ 1,88 na produção do país. As atividades da cadeia ocuparam 11,3 milhões de pessoas em todo o país em 2014, sendo que comércio e serviços correspondem a 16,2% desse total.

A cadeia da construção é o 4º maior gerador de empregos do país e remunera seus trabalhadores 11,7% mais do que os outros setores da economia. Em termos reais, o valor adicionado pelo comércio de material de construção cresceu a uma taxa de 8,5% ao ano entre 2007 e 2014, e o emprego expandiu-se a um ritmo de 6,5% ao ano.

Fonte: Assessoria de Imprensa Anamaco

 

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