Banco Central sufoca economia com novo aumento da taxa de juros acima de 10% em fevereiro

A justificativa é sempre a mesma. Para se combater a inflação ou frear um suposto “consumo” o Banco Central lasca mais um aumento da Taxa SELIC de Juros. Desta vez, o acréscimo  foi  de 10,75%. É a festa do rentismo (fatura bilhões), sem produzir um único tijolo e nem mesmo um saco de cimento. O Fundo Internacional Mundial entre outros institutos financeiros já informaram que o PIB de 2022 do Brasil será de 0,6%, uns dos mais baixos do mundo.

Hoje o Brasil está com o Tripé da desgraça: Juros altos(Crédito caro), Preços dos combustíveis sem controle (Alimentos e transportes preços acima da inflação) e a Tarifa de luz nas alturas (+80%, habitação e comércio), além da renda do trabalhador que sumiu.

Segundo o economista Amir Khair, elevar a Selic para 10,75%, numa tentativa de se combater o índice alto da inflação na casa dos 10,6%, Isso “ é ministrar um veneno em dose maior. Eu considero a taxa Selic como um veneno da economia”, afirma o mestre em finanças públicas. “Com isso, você atrai dólares do exterior, que vêm para cá, captam dinheiro a custo praticamente zero e aplicam em taxa Selic […]. Um lucro fantástico! Saem do país 10 bilhões de dólares em rendimento destas aplicações especulativas por ano”, continua ele. “Ao atrair dólares para cá, você faz com que o real fique forte, porque tem muita oferta de dólar. E, ao fazer isso, você acaba fazendo com que o câmbio no Brasil fique completamente fora de lugar. Isso faz com que se tenha um rombo importante nas contas externas, que no ano passado chegou a 35,5 bilhões de dólares”, completa.

Na entrevista, concedida por telefone à IHU On-Line, Khair demonstra que esta situação provoca, entre outras consequências, a fragilidade das empresas nacionais que pretendem buscar espaço no comércio exterior. Pois, sem preços competitivos, o setor industrial não teria condições de concorrer com os produtos do exterior, ainda que seja beneficiado com desonerações de tributos ou com os empréstimos concedidos pelas agências estatais de fomento.

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