Agosto, 2021 – Destruição de estruturas, abertura espontânea do Canal da Barra e sujeiras no meio da Orla de Itaipuaçu – estes foram os principais efeitos da ressaca que atinge o litoral fluminense desde a última quinta-feira, 29/07. Os estragos, principalmente na Barra de Maricá, onde três decks de acesso à praia e parte do canteiro da Avenida Litorânea desabaram, puderam ser vistos na manhã dta sexta-feira, 30/07. A força do mar chegou a “devolver” parte das madeiras usadas nas estruturas dos decks de acesso, encontradas dentro do Canal da Barra. Os destroços foram retirados por trabalhadores da autarquia Serviços de Obras de Maricá (Somar).
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Por conta do risco de desabamento, a Prefeitura interditou parte da Avenida Litorânea, na Barra de Maricá, entre as ruas Marcelo Barbosa e a João Frejat. O local conta com a presença de agentes da Defesa Civil, que orientam pedestres para que não transitem nestes locais. A previsão é que a ressaca comece a perder força a partir do próximo domingo.
De acordo com informações do diretor de Obras Diretas da Somar, Guthyerre Alves, equipes da autarquia já atuam desde a manhã desta sexta-feira, 30/07, na Orla de Itaipuaçu para retirar toda a sujeira depositada no local pela força do mar. “A limpeza vai se estender ao longo do dia de hoje e do sábado, se detectarmos algum vestígio de sujeira ainda por causa da ressaca, na segunda-feira vamos destacar uma força-tarefa para manter a Orla de Itaipuaçu limpa”, disse.
Ainda de acordo com o diretor, a autarquia aguarda o término da ressaca para que os trabalhadores possam atuar retirando os detritos com segurança. “Não podemos agir ainda porque estamos sob alerta de mais ressaca, e também não vamos arriscar a segurança dos funcionários. Pretendemos tão logo ter uma definição das condições do mar decidirmos o que será feito em relação ao Canal da Barra, além dos três decks que foram comprometidos pela força do mar”, completou.
Prevendo um possível efeito colateral deste problema, a Secretaria de Cidade Sustentável segue monitorando o Canal da Barra.
“Estamos monitorando e acompanhando, caso fique evidenciado algum impacto negativo (mortandade de peixes e outros), vamos fazer contato direto com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e com a Somar para que seja feita uma possível intervenção”, explicou o titular da pasta Hélter Ferreira.
O aposentado Josevan Cardoso, de 67 anos, lamentou a destruição dos decks pelo mar. “Esses decks eram uma alegria para a gente aqui, uma pena ter acontecido isso. Tudo isso é para mostrar o quanto a natureza tem poder. Torço para que o acesso volte logo, porque é um ponto importante para a gente descer para a areia”, comentou.