Indústria começa a reagir lentamente. Em julho, produção industrial cresceu 0,8%, afirma IBGE.

Setembro, 2017 – São números ainda pouco expressivos para uma economia da dimensão do Brasil, ainda sim, são dados positivos frente a uma recessão que paralisou a economia brasileira nos últimos anos.

Segue alguns trechos dos dados divulgados hoje pelo IBGE

De junho para julho, 14 dos 24 ramos industriais apontaram crescimento

PALMAS
Divulgação

O crescimento da atividade industrial na passagem de junho para julho de 2017 alcançou todas as quatro grandes categorias econômicas e 14 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores, a principal influência positiva foi registrada por produtos alimentícios (2,2%), em expansão pelo terceiro mês seguido e acumulando ganho de 8,7% nesse período. Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (5,9%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,8%) e de móveis (6,0%). 

Entre os dez ramos que reduziram a produção nesse mês, os desempenhos de maior relevância para a média global foram assinalados por indústrias extrativas (-1,5%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-1,8%) e metalurgia (-2,1%), com o primeiro eliminando o ganho de 1,3% acumulado nos meses de maio e junho; o segundo devolvendo parte da expansão de 8,3% verificada entre os meses de abril e junho; e o último voltando a recuar após ficar estável no mês anterior (0,0%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis, ao avançar 2,7%, mostrou a expansão mais acentuada em julho de 2017 e eliminou parte do recuo de 5,6% observado em junho último. Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (2,0%), de bens de capital (1,9%) e de bens intermediários (0,9%) também apontaram taxas positivas nesse mês, com o primeiro voltando a crescer após registrar variação negativa de 0,1% no mês anterior; o segundo assinalando o quarto resultado positivo consecutivo e acumulando nesse período ganho de 10,1%; e o terceiro avançando 3,6% nos últimos quatro meses de crescimento na produção.

Média móvel trimestral varia 0,7%

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria apontou acréscimo de 0,7% no trimestre encerrado em julho de 2017 frente ao nível do mês anterior e manteve a trajetória ascendente iniciada em abril último. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de capital (2,5%) mostrou o avanço mais elevado nesse mês e permaneceu com o comportamento positivo iniciado em março de 2017. Os setores produtores de bens de consumo duráveis (1,0%), de bens de consumo semi e não-duráveis (1,0%) e de bens intermediários (0,5%) também registraram resultados positivos em julho de 2017, com o primeiro assinalando a quarta expansão consecutiva e acumulando nesse período ganho de 3,4%; o segundo intensificando o ritmo de crescimento frente ao verificado em junho último (0,1%); e o terceiro permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em abril de 2017.

Indústria avançou 2,5% em relação a julho de 2016

Na comparação com julho de 2016, o setor industrial assinalou expansão de 2,5% em julho de 2017, com resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 26 ramos, 50 dos 79 grupos e 54,0% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades, produtos alimentícios (6,7%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (11,8%) exerceram as maiores influências positivas na formação da média da indústria, impulsionadas, em grande parte, pelos itens açúcar cristal e VHP, sucos concentrados de laranja, sorvetes e picolés, na primeira; e automóveis, caminhão-trator, caminhões, veículos para transporte de mercadorias e autopeças, na segunda. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (23,8%), de máquinas e equipamentos (7,8%), de produtos do fumo (29,1%), de indústrias extrativas (1,2%) e de móveis (12,6%).

Entre as nove atividades que apontaram redução na produção, ainda em comparação com julho de 2016, as principais influências no total da indústria foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,6%), metalurgia (-3,8%), outros equipamentos de transporte (-14,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,0%) e produtos de minerais não-metálicos (-3,5%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de capital (8,7%) e bens de consumo duráveis (8,1%) assinalaram, em julho de 2017, os avanços mais acentuados entre as grandes categorias econômicas. Os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (4,2%) e de bens intermediários (0,6%) também mostraram taxas positivas no índice mensal desse mês, com o primeiro registrando expansão acima da média nacional (2,5%); e o segundo apontando o crescimento mais moderado entre as grandes categorias econômicas.

O setor produtor de bens de capital mostrou crescimento de 8,7% no índice mensal de julho de 2017, terceiro resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais elevado desde dezembro do ano passado (16,6%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelos avanços observados na maior parte dos seus grupamentos, com destaque para a expansão vinda de bens de capital para equipamentos de transporte (11,1%), impulsionado, principalmente, pela maior fabricação de caminhão-trator, caminhões e veículos para transporte de mercadorias. As demais taxas positivas foram registradas por bens de capital para uso misto (20,7%), para construção (35,2%), agrícola (13,0%) e para fins industriais (0,6%). Por outro lado, o único impacto negativo foi assinalado pelo grupamento de bens de capital para energia elétrica (-7,5%).

A produção de bens intermediários, ao crescer 0,6% no índice mensal de julho de 2017, apontou a terceira taxa positiva consecutiva, mas menos acentuada do que as verificadas em maio (3,0%) e junho (0,9%). O resultado desse mês foi explicado, principalmente, pelos avanços nos produtos associados às atividades de produtos alimentícios (6,4%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (6,8%), de máquinas e equipamentos (8,4%), de indústrias extrativas (1,2%), de produtos de borracha e de material plástico (2,6%), de celulose, papel e produtos de papel (3,3%) e de produtos têxteis (4,0%), enquanto as pressões negativas foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,0%), metalurgia (-3,8%), produtos de minerais não-metálicos (-3,6%), outros produtos químicos (-1,7%) e produtos de metal (-1,8%). Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados negativos assinalados pelos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-5,2%), que marcou o quadragésimo primeiro recuo consecutivo nesse tipo de comparação; e de embalagens (-0,9%), que permaneceu pelo quarto mês seguido com queda na produção.

Para acessar a publicação do IBGE  aqui.

Fonte: IBGE

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