Emprego: Seconci Goiás promove inclusão de trabalhadores com deficiência no mercado de trabalho

Setembro, 2018 – Trabalhadores de Goiânia com alguma deficiência (física, intelectual ou mental) já contam com uma importante ferramenta de apoio à inclusão no mercado de trabalho. O Seconci Goiás (Serviço Social da Indústria da Construção no Estado de Goiás) está recebendo cadastro de profissionais com deficiência (PCDs) e que queiram trabalhar no setor da construção civil. A iniciativa pioneira em Goiás faz parte do Projeto Seconci e a Inclusão do PCD, lançado no último 21 de setembro, Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.

Assitente Social Joicy Pimenta apresenta o projeto ao lado de Patrícia Souza . Divulgação

O Seconci irá oferecer suporte às empresas do setor da construção associadas à entidade, que buscam PCDs para integrar seu quadro de colaboradores, realizando o cadastro desses profissionais em seu banco de dados, fazendo a triagem e encaminhamento de currículos, por meio de parceria com instituições ligadas a esse público. A entidade também manterá um canal direto com os PCDs, por meio do telefone (62) 3250-7500. Os interessados poderão entrar em contato e agendar o atendimento. Segundo a assistente social do Seconci Goiás, Joicy Pimenta, trabalhadores que quiserem participar também podem comparecer à sede da instituição, no Jardim América, em Goiânia.

No Brasil, segundo dados do Censo Brasileiro, existem 45 milhões de pessoas com pelo menos um tipo de deficiência, seja visual, auditiva, motora ou mental, mas menos de 1% do total desta população conta com emprego formal, de acordo com dados do Ministério do Trabalho. Para Joicy Pimenta, que apresentou o projeto durante o 1º Fórum Seconci e a Inclusão do PCD realizado no último dia 21, é plenamente possível ampliar o percentual de profissionais com deficiência no mercado de trabalho.

Palestrante do INSS, Patrícia Souza . Divulgação

Segundo ela, a iniciativa do Seconci Goiás agregará esforços para reverter a situação atual, beneficiando empresas e trabalhadores. “Vamos, por meio deste projeto, propor a orientação e fazer a mediação entre empregadores e as pessoas com deficiência,  apoiando assim o cumprimento das políticas de responsabilidade social das organizações e da cota legal para empresas que tenham mais de 100 colaboradores. Queremos ser um agente facilitador”, afirmou a assistente social durante o lançamento do projeto.

Fórum

Para orientar empresários, gestores de recursos humanos e líderes da construção civil, o Seconci Goiás promoveu o 1º Fórum Seconci e a Inclusão do PCD, que contou com a participação, como palestrante, da analista do Seguro Social do INSS, Patrícia Souza Oliveira Ramos. O tema tratado por ela foi a inserção desses trabalhadores, os desafios e oportunidades. Segundo a analista, iniciativas como a do Seconci Goiás, promovem a reflexão de que a vida em sociedade requer respeito e valorização das diferenças. “Quando identificamos as características peculiares de cada ser e suas habilidades, identificamos valores que podem ser transmitidos para a sociedade”, declarou Patrícia em sua palestra.

Diversos gestores de empresas da construção civil compareceram ao evento e participaram do debate, demonstrando interesse em ampliar a presença do trabalhador com deficiência nas obras. Um dos participantes que se inclui neste perfil é Wesley Galvão, gestor de Obras e de Qualidade da Pontal Engenharia. Segundo ele, a empresa no momento não está obrigada ao cumprimento de cota legal para contratação de PCDs, pois conta atualmente com 70 colaboradores, mas com foco no cumprimento de sua política de responsabilidade social, ele diz que a organização sempre abriu as portas para esses profissionais, participando, inclusive, de projetos de inclusão por meio do esporte.

De acordo com Wesley, a empresa integrará o Projeto do Seconci para ter mais acesso a trabalhadores com deficiência que queiram entrar no mercado de trabalho. Segundo o gestor, entre os desafios de contratação de PCD na construção civil estão a necessidade de se promover a acessibilidade, não só nas obras, mas também na cidade; a falta de informação sobre onde encontrar esse profissional; e a negociação com a família, que segundo ele teme expor essa pessoa com deficiência. “Esse projeto vem para contribuir com a disseminação da informação e conscientização sobre a importância do trabalho para este público”, afirmou.

Fonte: Imprensa/ Seconci – GO

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